![]() No Brasil, onde a economia alterna ciclos de bonança e turbulência em curtos intervalos de tempo, algumas casas de investimento aprenderam a não esperar estabilidade para crescer. Para Márcio Verri, CEO da Kinea, e Bruno Marangoni, CEO da SPX Capital, a única forma de atravessar os solavancos que marcam o mercado local foi estruturar gestoras preparadas para viver em crise — e transformar a diversificação em pilar central de suas estratégias. “Desde a fundação, sabíamos que o Brasil está sempre em crise. Por isso, criamos diferentes verticais de atuação, não apenas onde havia dinheiro, mas onde tínhamos capacidade de agregar valor”, afirmou Verri. Essa disciplina, explica ele, permitiu que a Kinea consolidasse áreas como crédito privado, infraestrutura e real estate sem se deixar levar apenas pelo capital de ocasião. O modelo, segundo o executivo, garante escala, estrutura robusta e a confiança de que os investidores estão expostos a múltiplas fontes de retorno.
Flexibilidade para acompanhar mudançasNa SPX, a resposta à volatilidade veio em outro formato: flexibilidade. Marangoni lembra que, em um país em que os juros podem variar em questão de meses, a arquitetura de produtos precisa ser capaz de acompanhar essas mudanças.
O resultado, diz ele, é uma gestora que equilibra risco e oportunidade sem se engessar em um único modelo. Os gestores convergem em um ponto: a diversificação não é apenas um recurso para enfrentar crises momentâneas, mas um fator de perenidade. Enquanto a Kinea consolidou múltiplas verticais para sustentar a infraestrutura e garantir previsibilidade de receita, a SPX encontrou na adaptabilidade uma forma de manter competitividade diante das mudanças de humor do mercado. Em comum, está a convicção de que sobreviver no Brasil exige mais do que talento de gestão — requer estruturas desenhadas para resistir a intempéries recorrentes. |
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