A acessibilidade do mercado financeiro, sobretudo com as facilidades da internet, atrai diversos perfis de potenciais operadores do mercado, mas será que o day trade é realmente uma atividade para qualquer um? Essa foi a questão central discutida na mesa-redonda de traders promovida pelo InfoMoney, que reuniu Aryane Oliveira, Marcelo Carvalho e Nelson Lee. As respostas não apenas diferem, mas também apontam para os desafios e compromissos que essa prática exige. Para Aryane Oliveira, a resposta é clara: o day trade não é para todos. “Embora o mercado financeiro, como um todo, seja acessível a perfis variados, o day trade demanda habilidades e compromissos específicos”, afirmou. Day trade requer disposição ao riscoSegundo ela, a atividade requer mais do que disposição para o risco; é preciso uma estrutura emocional sólida e disciplina constante.
Com base em sua experiência pessoal, Aryane relatou que seu sucesso no day trade foi construído com preparo técnico rigoroso e horas de estudo, muitas vezes sacrificando momentos de descanso enquanto cuidava de um filho bebê. Saiba mais: Entenda o papel transformador dos mentores para o sucesso no trading “Esse negócio de que é fácil, como muitos vendem, é uma mentira. Requer estudo, prática e tempo de tela (de operação no mercado financeiro) para construir uma mentalidade forte”, explicou. Aryane também sugeriu que outros estilos de operação, como o swing trade, podem ser mais adequados para quem tem menos tempo ou flexibilidade. “No swing trade, a pessoa não precisa largar o emprego e pode se organizar para estudar no final de semana e montar suas operações para serem acompanhadas de forma menos frenética”, concluiu. Realidade do mercadoMarcelo Carvalho conta que se viu obrigado a buscar uma nova fonte de renda e foi atraído pelo day trade devido às promessas de ganhos rápidos. Mas logo se deparou com a realidade do mercado, que exigia um preparo psicológico e uma resiliência incomuns. “Entrei achando que era simples, mas rapidamente percebi que o emocional pesa demais. Ter contas para pagar e depender do day trade para isso foi uma das coisas mais difíceis que enfrentei”, relata. Marcelo foi ainda mais específico sobre a importância do emocional no day trade, chegando a dizer que 90% do sucesso na área vem da capacidade de controlar as emoções, enquanto apenas 5% são atribuídos ao operacional e 5% à parte financeira. Leia também: “Nunca perca mais do que está disposto naquele dia”, aconselha trader
Para o trader, o sucesso no day trade não se traduz em uma jornada tranquila e, sim, em uma série de altos e baixos que poucos estão preparados. Na mesa-redonda, ele mencionou alternativas como robôs e copy trading para quem deseja investir no mercado financeiro sem operar diretamente. No entanto, Marcelo alertou que até mesmo esses métodos requerem disciplina e controle. Saiba mais: No trade, lucratividade é mais importante do que taxa de acerto, diz operador Alcance do nível profissionalPor fim, Nelson Lee comparou o mercado financeiro ao esporte. Para ele, qualquer pessoa pode “jogar” no mercado financeiro, mas apenas uma pequena parcela alcança o nível profissional.
Ele mencionou que, assim como no futebol, onde poucos atingem o status de profissional, no day trade também há uma minoria que se destaca. Essa elite, segundo Nelson Lee, é composta por aqueles que estão dispostos a pagar o preço necessário, ou seja, investir tempo, estudo e desenvolver habilidades psicológicas específicas. Guia da análise técnica:
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