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Judiciário

Depoimentos da ação da trama golpista seguem nesta segunda com fala de ex-ministro

- 26/05/2025 2 Visualizações 2 Pessoas viram 0 Comentários
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O Supremo Tribunal Federal (STF) continua nesta segunda-feira, os depoimentos da ação penal da trama golpista. O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete são réus nesse processo.

Nesta segunda, o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro Marcelo Queiroga será ouvido como testemunha de Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro. Ele também foi indicado pela defesa de Walter Braga Netto, que foi candidato à vice-presidente de Bolsonaro na chapa de 2022 e está preso preventivamente.

Outras sete testemunhas chamadas por Heleno serão ouvidas nesta segunda. Os depoimentos vão ocorrer por videoconferência.

Como O GLOBO mostrou neste domingo, na primeira semana de audiência das testemunhas da ação, depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas deram mais detalhes sobre a dinâmica das discussões de um plano para manter Jair Bolsonaro no poder e enfraqueceram a estratégia de defesa do ex-presidente.

Bolsonaro argumenta que apenas discutiu hipóteses previstas na Constituição. Após já terem relatado as reuniões golpistas à Polícia Federal (PF), a reiteração dos relatos ganha mais força por ocorrer na fase de produção de provas do processo criminal.

Os ex-comandantes Carlos de Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica) e Marco Antônio Freire Gomes (Exército) confirmaram ter participado de reuniões no Palácio da Alvorada e no Ministério da Defesa em que foram discutidos instrumentos jurídicos que poderiam reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, ocasião em que Luiz Inácio Lula da Silva se saiu vitorioso nas urnas.

Na primeira semana de audiência também foram iniciados os depoimentos das testemunhas de defesa. Já falaram, por exemplo, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro, o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e o ex-comandante do Exército Júlio Cesar Arruda. Em geral, eles afirmaram desconhecer intenções golpistas dos réus.

A expectativa é que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra neste ano. Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.




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