A qualidade das medalhas de bronze entregues aos atletas nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 passou a ser questionada nos últimos dias, após um skatista americano e uma saltadora britânica afirmarem que elas já estão descascando e ficando desbotadas.

O skatista Nyjah Huston disse que, apenas uma semana depois de conquistar o terceiro lugar na final de skate street masculino, sua medalha de bronze começou a lascar e perder a cor.

“Essas medalhas olímpicas parecem ótimas quando são novas, mas depois de deixá-las em contato com minha pele com um pouco de suor e deixá-las com amigos durante o fim de semana, aparentemente não são de tão alta qualidade quanto se imagina”, afirmou Huston no Instagram.

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Segundo Huston, o prêmio é talvez mais para ser visto e exibido do que realmente usado. “Acho que as medalhas são feitas para ficar em caixas”, disse.

Já Yasmin Harper, que conquistou nos saltos ornamentais a primeira medalha da Grã-Bretanha nas Olimpíadas de Paris, admitiu que seu bronze já está ficando “descolorido”. Harper ficou em terceiro lugar no trampolim sincronizado de 3m feminino, ao lado de Scarlett Mew Jensen. “Como água ou qualquer coisa que entre em contato com o metal, está fazendo com que fique um pouco descolorido.”

Mas ela parece não se incomodar com o bronze desbotado: “Não, porque ainda é uma medalha”.

Cada medalha entregue na Olimpíada de Paris tem dois lados. O primeiro tem token hexagonal de 18g feito de ferro retirado da Torre Eiffel. O token central é cercado por sulcos que evocam raios de luz. O segundo lado apresenta a deusa grega da vitória, Nike, como tem sido em todos os Jogos Olímpicos desde 1928 — com a Acrópole de um lado e a Torre Eiffel do outro.

Desenhada pela joalheria parisiense Chaumet, a medalha de bronze pesa 525g e é feita de uma liga de cobre, estanho e zinco. Todas as medalhas vêm com uma caixa azul-escura e um certificado da empresa operadora da Torre Eiffel para ilustrar que as peças de ferro vieram do monumento.