A Arábia Saudita está disposta a aumentar seus investimentos no Brasil e em diferentes setores, com olhar especial para negócios envolvendo transição energética. Essa foi a mensagem transmitida pelo ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid A. Al-Falih, durante o evento “Welcome Saudi Arabia”, promovido nesta segunda-feira (31), pela XP. “Estamos trabalhando para alavancar as oportunidades que existem no Brasil. Vemos mineração, metais, créditos de carbono, que são iniciativas que vão ajudar a descarbonizar a economia global. A Arábia Saudita tem o compromisso de ser carbono zero, é uma transição que vai demandar muito investimento e tem fit com o Brasil”, analisou Al-Falih, durante o evento que reuniu mais de 300 executivos e gestores dos dois países, além do ministro dos Transportes, Renan Filho. O ministro saudita lembrou do acordo de US$ 3,4 bilhões anunciado na semana passada entre Vale (VALE3) e o PIF (Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, em inglês) para que a mineradora brasileira avance com seu negócio de metais básicos, amplamente utilizados na produção de baterias para carros elétricos. IM Business Newsletter Quer ficar por dentro das principais notícias que movimentam o mundo dos negócios? Inscreva-se e receba os alertas do novo InfoMoney Business por e-mail. Outra pauta de interesse do governo da Arábia Saudita no Brasil, prossegue Khalid A. Al-Falih, é na segurança alimentar. O fundo soberano para o tema, Salic, já é investidora da BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) e o ministro de Investimentos entende que a agropecuária seguirá sendo um ativo estratégico para os aportes do reino. “A segurança alimentar é um tema importante para nós e queremos tornar a Arábia Saudita em um polo para a segurança alimentar. Vemos oportunidade em transporte e logística, construção de silos. Por outro lado, melhorar a logística para a exportação de nossos fertilizantes”. O ministro lembrou que o plano estratégico do país prevê cerca de US$ 3 trilhões até 2030 nos mais diversos setores da economia. Por outro lado, Al-Falih vê que o Brasil poderá ajudar os sauditas na expansão do mercado de capitais local. “A entrada de capital internacional será importante para nós. Convidamos todos – gestores de ativos, bancos de investimento, venture capital…– a investirem no país. Queremos criar um polo internacional para trading e negociação de crédito de carbono”. Guilherme Benchimol, fundador e chairman da XP Inc., exaltou a importância da interação entre executivos brasileiros e sauditas e prevê que o mercado de capitais deverá se interessar cada vez mais pela Arábia Saudita. “Estamos otimistas em abrir um escritório em Riade e fazer o que fazemos no Brasil lá também”, completou. |
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