Sem expectativas de largar o osso tão cedo, a 3G Capital celebra 14 anos à frente de um dos negócios de private equity mais bem-sucedidos, e desconhecidos, dos últimos anos: a aquisição do Burger King. Ao menos é essa a avaliação feita por Ted Seides, que comandou uma rara entrevista com um dos sócios da gestora, Alex Behring, ao podcast “Capital Allocators”, na última segunda-feira (6). Como 3G chegou ao Burger King?“Um dos outputs da análise [para a compra na época] foi de que o negócio do Burger King era significativamente menor que sua marca”, contou Behring no programa. Mesmo diante das frequentes trocas de comando, a empresa já era a segunda maior rede de fast-food do mundo, com aproximadamente 12 mil lojas em 80 países. À época, no entanto, o crescimento no número de lojas era baixo e os problemas se acumulavam. Foi Alex Behring o escolhido pela 3G Capital por abordar um interlocutor de um dos antigos fundos donos do negócio para fechá-lo. Para poder crescer…Entre 2010 e 2013, foram vendidos 1,3 mil restaurantes proprietários, em uma estratégia de redução da rede própria e foco em franqueados. O Burger King (ZAMP3, administradora da rede no Brasil) expandiu internacionalmente por meio de parcerias com grupos experientes em mercados locais subaproveitados, como Brasil, China e França — para se ter ideia, até a 3G chegar com a operação na França, o país não possuía qualquer unidade do restaurante. “E era um dos mercados mais lucrativos do nosso concorrente globalmente”, diz Daniel Schwartz, também sócio da 3G, ao podcast. Em março de 2023, os gestores venderam 2,2 milhões e ações da QSR, mas o tom, ao menos no podcast, segue de um investimento de longo prazo. Recentemente, foi noticiada a venda da parcela restante da participação que a 3G mantinha na Kraft Heinz — no podcast, os executivos revelam que o negócio da Kraft, especificamente, não gerou lucros para a empresa, e ficou no “zero a zero”. |
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