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Judiciário

Diretoria da Fundação Saúde se demite após escândalo de órgãos transplantados com HIV

- 21/10/2024 7 Visualizações 7 Pessoas viram 0 Comentários
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Cerca de dez dias depois de vir à tona o escândalo dos órgãos transplantados com o vírus HIV, que chocou o país, a diretoria da Fundação Saúde – empresa pública do governo do estado do Rio de Janeiro responsável pelo contrato com o laboratório PCS Lab Saleme – pediu demissão de seus cargos.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), aceitou os pedidos de demissão em massa. Ao todo, seis diretores da fundação serão desligados. A exoneração deve ser publicada ainda nesta segunda-feira (21).

De acordo com o governo do estado, o PCS Lab Saleme foi contratado, em dezembro do ano passado, por R$ 11 milhões para fazer a sorologia de órgãos doados.

Na semana passada, a Polícia Civil do Rio instaurou um novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa – o Ministério Público do Rio (MPRJ) também vai apurar o caso. Já havia uma investigação em andamento sobre a emissão de laudos falsos.

“A medida amplia a transparência e assegura que não haja interferências nas apurações já determinadas pelo governo do estado”, diz o governo do Rio, por meio de comunicado, sobre as demissões.

O diretor-executivo, João Ricardo da Silva Pilotto, encabeça a lista das dispensas na diretoria da Fundação Saúde. Serão desligados os diretores das seguintes áreas:

  • Diretoria-executiva;
  • Diretoria administrativa e financeira;
  • Diretoria de recursos humanos;
  • Diretoria de planejamento e gestão;
  • Diretoria técnico-assistencial;
  • Diretoria jurídica.

“A Secretaria de Estado de Saúde está empenhada em preservar a prestação dos serviços à população e, em breve, será anunciada a nova diretoria”, informou a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo fluminense.

Prisões

No domingo (20), a Polícia Civil prendeu uma mulher suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos pelo laboratório PCS Lab Saleme. A prisão ocorreu no âmbito da segunda fase da Operação Verum.

Na primeira etapa da operação, quatro pessoas foram presas: o médico Walter Ferreira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, e os funcionários Jacqueline Iris Bacellar de Assis, Cleber de Oliveira Santos e Ivanildo Ferreira dos Santos.

De acordo com as investigações, teria havido uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes, com o objetivo de diminuir custos. Assim, a análise das amostras não foi feita diariamente, mas apenas de forma semanal, contrariando os padrões.

Seis pacientes que receberam órgãos foram infectados pelo vírus HIV.




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