(Foto: Getty Images | Reprodução)
Gap. A marca que sempre voltava estampada no peito de quem ia aos EUA há uns 10 anos e não resistia aos icônicos moletons e calças jeans da marca.
Durante muito tempo, a Gap foi um símbolo da moda americana. Mas, de uns tempos para cá, a empresa não vive uma fase boa. Para não pular nenhuma parte da história, vamos voltar ao começo?
O ano era 1969
(Foto: Gap | Reprodução)
Don e Doris Fisher abriram a primeira loja Gap em São Francisco, Califórnia. A motivação veio de uma necessidade pessoal de Don, que não conseguia encontrar um par de jeans que lhe servisse bem.
O sucesso inicial foi impressionante. Em apenas três anos, a marca já contava com 25 lojas espalhadas pelos Estados Unidos. E não parava de crescer?
- Em 1976, a Gap fez seu IPO, passando a ter suas ações negociadas em bolsa.
A década de 1980 foi muito promissora para a Gap. A empresa comprou a Banana Republic, expandiu para fora dos EUA pela primeira vez e lançou seu icônico logo quadrado azul.
(Imagem: Gap | Reprodução)
Nos anos 1990 e início dos anos 2000, era quase impossível caminhar por uma rua nos EUA sem avistar alguém usando uma peça da Gap ? que chegaram até a ser usadas por supermodelos na capa da centésima edição da revista Vogue.
(Imagem: Gap | Reprodução)
As outras marcas da holding também estavam com tudo. A Old Navy, lançada em 1994, gerou, sozinha, uma receita de mais de US$ 1 bilhão, em 1997 ? a primeira varejista da história a atingir tal feito em menos de quatro anos.
Mas, como em toda história de sucesso, houve desafios. A era digital e o surgimento de marcas direct to consumercomeçaram a ofuscar o brilho da Gap.
- De repente, o que era básico e essencial tornou-se comum e sem graça. Mesmo as outras marcas do portfólio da Gap começaram a sentir a pressão.
A tentativa de se reinventar levou a Gap a várias aquisições e experimentações. Algumas bem-sucedidas, como a compra da Athleta em 2008, e outras nem tanto, como o lançamento do Piperlime em 2006, que foi encerrado em 2015.
Os desafios continuaram a se acumular
Em 2019, a marca anunciou planos de tornar a Old Navy uma marca independente, mas logo abandonou a ideia após uma queda nas vendas.
- Em 2021, a Gap viu suas vendas caírem 6%, perdendo terreno para varejistas do ultra-fast-fashion, como a Shein.
Isso aconteceu muito por conta das mudanças de comportamento dos consumidores, como (i) a redução do tráfego de pessoas em shoppings e (ii) o boom do e-commerce, aos quais o negócio não conseguiu se adaptar.
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Agora, em 2023, a Gap está apostando na contratação de Richard Dickson, ex-executivo da Mattel, para revitalizar a marca. A esperança é que ele possa fazer pela Gap o que fez pela Barbie na sua empresa anterior. Será que um filme da Gap vem aí? risos.