O dólar futuro segue pressionado no mercado brasileiro, dando continuidade ao movimento de desvalorização que se intensificou desde o final de 2024. Após atingir a máxima em 6.605 pontos, o contrato futuro iniciou uma trajetória descendente consistente, renovando mínimas ao longo de 2025. Neste cenário, já acumula queda de 13,51% no ano, refletindo a força do fluxo vendedor tanto no curto quanto no médio prazo.

Nas últimas semanas, o ativo voltou a testar níveis importantes de suporte, enquanto opera em regiões técnicas decisivas para definir os próximos movimentos. A dinâmica atual coloca o mercado em compasso de espera: uma perda mais firme dos suportes pode acelerar o movimento de queda, enquanto uma reação altista dependerá da superação de resistências relevantes. A seguir, veja a leitura técnica detalhada dos gráficos diário e semanal.

Para entender até onde o preço do dólar futuro pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do dólar futuro

No gráfico diário, observa-se que o dólar futuro mantém sua trajetória de baixa desde o fim do ano passado, com sucessivas mínimas sendo renovadas ao longo de 2025. Após atingir a mínima do ano em 5.437,5 pontos, o ativo ensaiou uma reação altista e chegou à região de resistência em 5.658 pontos, onde passou a apresentar um comportamento mais lateralizado — porém, ainda acima das médias móveis.

Na última sessão, o contrato recuou 0,11%, encerrando o dia aos 5.575 pontos, justamente sobre uma zona de suporte importante. Caso perca a faixa entre 5.573 e 5.542 pontos, o fluxo vendedor pode ganhar força novamente, abrindo caminho para alvos em 5.467, 5.437,5, com extensão até 5.369/5.310 pontos.

Por outro lado, para que o ativo retome o movimento de alta, será fundamental romper a faixa entre 5.629 e 5.658 pontos. Acima dessa região, os próximos alvos estão projetados em 5.726 e 5.874, com extensões possíveis em 5.953 e 6.109 pontos. A superação dessa última faixa indicaria uma recuperação mais consistente.

Análise de médio prazo

O gráfico semanal confirma a tendência de baixa no médio prazo. Após atingir o topo do ano em 6.605 pontos, o dólar futuro passou a recuar de forma consistente, marcando a mínima de 2025 em 5.437,5 pontos — nível que hoje representa um suporte-chave.

A perda definitiva dessa região pode acionar um novo ciclo de queda, com alvos em 5.310 e 5.200 pontos, e possíveis extensões para 5.095, 5.009, com projeção mais longa em 5.000 pontos.

Apesar do viés principal seguir baixista, monitoro com atenção o comportamento do preço em torno da média móvel. Um eventual rompimento da resistência nas faixas de 5.595 a 5.755 pontos poderá sinalizar tentativa de reversão, abrindo espaço para uma recuperação até as zonas de 5.925 e 6.245 pontos. Se a força compradora persistir, o ativo pode mirar novamente a máxima anterior nos 6.605 pontos.

Enquanto isso, a tendência dominante segue sendo de baixa. O comportamento nos próximos pregões será decisivo para confirmar se o suporte em 5.437,5 pontos resistirá à pressão ou se abrirá caminho para novas mínimas no ano.

Suportes e resistências do Ibovespa

Suportes:

1. 5.573 – 5.542 pontos – Região de médias móveis no diário; suporte imediato. Perda desta faixa pode acelerar o movimento vendedor.
2. 5.467 pontos – Suporte intermediário; pode atuar como breve zona de respiro antes da mínima do ano.
3. 5.437,5 pontos – Mínima do ano e principal suporte de curto e médio prazo. Perda desse patamar tende a destravar mais queda.
4. 5.369 – 5.310 pontos – Região-alvo caso a mínima do ano seja rompida. Suporte técnico importante no gráfico diário.
5. 5.200 pontos – Suporte mais distante no gráfico semanal; possível objetivo em caso de prolongamento da tendência de baixa.
6. 5.095 – 5.009 pontos – Projeção estendida de baixa. Abaixo disso, o próximo alvo psicológico e técnico está em 5.000 pontos.

Resistências:

1. 5.629 – 5.658 pontos – Faixa de resistência imediata. Rompimento pode abrir espaço para novos testes de alta.
2. 5.726 pontos – Resistência intermediária; pode desacelerar o movimento comprador.
3. 5.874 pontos – Zona relevante no curto prazo; pode funcionar como barreira antes de alvos mais altos.
4. 5.925 – 6.109 pontos – Faixa ampla de resistência no diário; inclui antigas regiões de congestão e resistência técnica.
5. 6.245 pontos – Nível técnico significativo observado em topos anteriores. Superação fortaleceria tendência de alta.
6. 6.605 pontos – Máxima registrada no final de 2024; resistência de médio/longo prazo e alvo mais longo em caso de reversão consistente.

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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