![]() O dólar à vista caía perante o real nesta terça-feira (28), com os investidores de olho nas medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e nos efeitos da venda global de ações de tecnologia após o surgimento de um modelo chinês de inteligência artificial de baixo custo. Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
Às 12h54, a moeda norte-americana à vista operava em baixa de 0,62%, aos R$ 5,875 na compra e R$ 5,876 na venda. Na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — caía 0,09%, aos 5.894 pontos. Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,09%, a 5,9128 reais — a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais. O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025. Dólar comercial
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O que aconteceu com dólar hoje?O movimento modesto da divisa norte-americana acompanhava outros mercados emergentes, com o dólar quase na estabilidade ante o peso mexicano e o rand sul-africano, após as grandes oscilações do dia anterior. Na segunda-feira, a ascensão de um modelo de IA de baixo custo, lançado pela startup chinesa DeepSeek, provocou uma enorme liquidação de ações de tecnologia e de ativos de maior risco no mundo, com investidores ponderando sobre a suposta dominância das empresas ocidentais no setor. A notícia levou à busca por ativos seguros, como moedas fortes e títulos governamentais, gerando perdas em divisas emergentes, embora o real tenha escapado do movimento de fuga de risco em meio a um processo de correção de preços após a forte desvalorização no fim do ano passado. Os mercados também voltaram a temer a imposição de tarifas globais pelo novo governo dos EUA. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na noite de segunda-feira (27) que pretende impor tarifas universais “bem maiores” que 2,5% a importações globais. O comentário veio após o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, dizer ao Financial Times ser a favor de tarifas globais iniciais de 2,5%, que seriam elevadas gradualmente. As atenções também se voltarão nesta semana para decisões de bancos centrais em todo o mundo, com destaque para as reuniões do Federal Reserve, do Banco Central do Brasil e do Banco Central Europeu. Nos EUA, a expectativa é de que as autoridades mantenham a taxa de juros inalterada na quarta-feira, após terem reduzido os juros em 1 ponto percentual acumulado nos últimos três encontros. O Comitê de Política Monetária (Copom), que também anuncia sua decisão na quarta, deve elevar a taxa Selic em 1 ponto, a 13,25% ao ano, como sinalizado no comunicado de sua reunião de dezembro. “Esperamos que o comunicado (do Copom) reconheça a deterioração adicional observada das expectativas de inflação e possivelmente também a deterioração da inflação de serviços, mas também sinais emergentes de atividade real mais moderada”, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório. Já o BCE deve reduzir os juros em 0,25 ponto, segundo as apostas de operadores, em meio a forte desaceleração da economia da zona do euro. (Com Reuters) |
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