![]() O dólar à vista operava em baixa frente ao real nesta segunda-feira, na esteira dos movimentos da moeda-norte-americana no exterior, conforme investidores equilibravam o nervosismo com o conflito no Oriente Médio e a perspectiva para cortes na taxa de juros do Federal Reserve. Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial Qual a cotação do dólar hoje?Às 12h38, o dólar comercial operava em baixa de 0,39%, aos R$ 5,503 na compra e na venda. Na B3, o dólar para julho — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,24%, aos R$ 5,537. Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,47%, a R$5,5270. O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 9.500 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de julho de 2025. Dólar comercial
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O que aconteceu com dólar hoje?O principal fator para as negociações nesta sessão ainda era a espera por uma possível retaliação do Irã ao bombardeio dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas no fim de semana, com temores de impacto sobre os preços do petróleo e, consequentemente, para a inflação e a atividade econômica. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse no domingo que os EUA “obliteraram” as principais instalações nucleares do Irã em ataques realizados na véspera com enormes bombas destruidoras de bunkers, juntando-se a Israel na guerra contra a República Islâmica. Em resposta ao ataque, o Irã afirmou que “reserva todas as opções para defender sua soberania, seus interesses e seu povo”, indicando que pretende retaliar as ações militares dos EUA. Os mercados globais estão receosos de que a retaliação de Teerã possa vir com o fechamento do Estreito de Ormuz, onde circula quase 25% do comércio global de petróleo, o que poderia afetar de forma significativa os preços de energia e escalar ainda mais a guerra. Esse receio gerou ganhos amplos para o dólar mais cedo, quando subiu ante o real, pares fortes e divisas emergentes, com investidores demonstrando aversão a ativos mais arriscados. Mais tarde, entretanto, o sentimento nos mercados mudou depois que a diretora do Fed Michelle Bowman disse que o momento de cortar a taxa de juros pode estar se aproximando rapidamente, pois ela está cada vez mais preocupada com os riscos para o mercado de trabalho. “Caso as pressões inflacionárias permaneçam contidas, eu apoiaria a redução da taxa de política monetária já em nossa próxima reunião (em julho), a fim de aproximá-la de sua configuração neutra e sustentar um mercado de trabalho saudável”, disse Bowman em evento em Praga, na República Tcheca. No momento, operadores continuam precificando que o banco central dos EUA voltará a cortar os juros somente em setembro, mas as falas de Bowman provocavam quedas nos rendimentos dos Treasuries, o que afetava a moeda norte-americana. O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,21%, a 98,710. Com isso, a divisa foi atenuando sua força gradualmente nos mercados globais, em movimento que se refletiu na mudança de direção no Brasil. Na máxima da sessão, o dólar atingiu R$5,5427 (+0,28%), às 9h08. Nos próximos dias, as atenções dos investidores se voltarão para dados de inflação e comentários de autoridades de bancos centrais tanto no Brasil quanto nos EUA. Novidades sobre as disputas comerciais recentes também podem movimentar os mercados, enquanto se aproxima o prazo para o fim da pausa das tarifas abrangentes dos EUA no início de julho, com o país ainda em negociações com seus principais parceiros, como o Japão e a União Europeia. (Com Reuters) |
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