O dólar operava com desvalorização ante o real nesta terça-feira (10), mas ainda acima de 6,06 reais, com o mercado se mostrando mais otimista pela tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso enquanto analisava dados do IPCA de novembro praticamente em linha com o esperado. Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,39 por cento em novembro, após alta de 0,56 por cento no mês anterior. No acumulado de 12 meses até novembro, o IPCA teve alta de 4,87 por cento, contra alta 4,76 por cento do mês anterior. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,37 por cento em novembro, acumulando em 12 meses alta de 4,85 por cento. Qual é a cotação do dólar hoje?Às 10h16, o dólar à vista operava em baixa de 0,24%, cotado a R$ 6,067 na compra e R$ 6,068 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,42%, a 6,067 pontos. Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,09%, cotado a 6,08225 reais — no maior valor nominal de fechamento da história. O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025. Dólar comercial
Dólar turismo
O que acontece com dólar hoje? Investidores reagiam ao noticiário da noite de segunda-feira, que afastou um pouco os temores de que as medidas de contenção de gastos do governo possam ficar travadas no Congresso até o próximo ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pachego (PSD-MG), na véspera para resolver uma impasse sobre o repasse de emendas parlamentares. Uma decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs condições para o pagamento das emendas, teria desagradado os parlamentares, o que ameaçava a tramitação do pacote fiscal no Congresso. A informação foi mal recebida pelo mercado. O dólar à vista encerrou a segunda-feira em alta de 0,09%, cotado a 6,08225 reais — no maior valor nominal de fechamento da história, apesar dos ganhos de divisas emergentes no exterior. No entanto, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também se reuniu com Pacheco, um encaminhamento do presidente Lula à questão atendeu a pedidos sobre o tema. “A questão fiscal agora é problema político… Parece que o Arthur Lira sinalizou que pode destravar o pacote fiscal, mas quer que o governo resolva o impasse das emendas”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. Na curva de juros, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) devolviam os fortes ganhos da véspera, refletindo também o maior otimismo do mercado com a tramitação do pacote fiscal. Na frente de dados, as atenções dos investidores estavam voltadas para a divulgação de novos números sobre a inflação ao consumidor no país. O IBGE informou que o IPCA registrou alta de 0,39% na base mensal em novembro, desacelerando em relação ao avanço de 0,56% em outubro. Economistas consultados pela Reuters projetavam uma alta de 0,37% para o mês. Em 12 meses, o índice teve avanço de 4,87%, ante 4,76% em outubro. Pelo segundo mês consecutivo, o IPCA ficou acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central — com centro de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo analistas, o resultado, apesar de ficar praticamente dentro do esperado, enfatiza ainda mais o alerta com um cenário de descontrole inflacionário no país, que já vinha sendo mostrado com a crescente desancoragem das expectativas de inflação do mercado. Dessa forma, a consequência deve ser uma aceleração no ritmo de aperto monetário pelo Copom, que anuncia sua última decisão de juros do ano na quarta-feira. “Esse dado do IPCA e a sua composição particularmente ruim devem reforçar as expectativas de que o Copom vai adotar uma postura mais rígida na decisão de amanhã”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. Operadores colocam 76% de chance de uma alta de 1 ponto percentual na Selic, atualmente em 11,25%, na quarta-feira, contra 24% de probabilidade de um aumento de 0,75 ponto. |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *