![]() O dólar à vista operava em baixa ante o real nesta terça-feira, à medida que os investidores avaliavam dados de inflação no Brasil, enquanto seguem de olho em notícias sobre a política comercial dos Estados Unidos. Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial Qual a cotação do dólar hoje?Às 12h42, a moeda norte-americana à vista operava em baixa de 0,36%, aos R$ 5,654 na venda. Na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — subia 0,05%, aos 5.672 pontos. Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$5,6757. Dólar comercial
Dólar turismoVenda: R$ 5,695 Compra: R$ 5,875 O que aconteceu com dólar hoje?O dólar abriu em baixa após fechar em alta na véspera, com investidores repercutindo o avanço abaixo do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial. O índice subiu 0,36% em maio, após alta de 0,43% no mês anterior. O acumulado no ano ficou em 2,80%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 5,40%. Em maio de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,44%. A prévia da inflação ficou abaixo do esperado por analistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 0,44% para o mês, e 5,49% em 12 meses. Os resultados pareciam deixar os agentes financeiros um pouco mais otimistas em relação ao cenário inflacionário no Brasil, refletindo em quedas nas taxas de juros futuras para o curto prazo. Operadores passaram a precificar chance de 97% de que o Banco Central vai manter a taxa Selic em 14,75% ao ano na reunião do próximo mês, acima da probabilidade de 92% antes da divulgação dos dados. “É curioso notar a inflação relativamente comportada mesmo com um mercado de trabalho apertado e atividade aquecida… Isso dá uma tendência baixista para as expectativas e reforça a tese de fim do aperto monetário, o que anima os ativos brasileiros”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. O mercado, entretanto, ainda mantém cautela devido às preocupações com o cenário fiscal brasileiro, uma vez que seguem receosos com o anúncio pelo governo na semana passada de aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Após repercussão negativa da medida, o governo recuou em alguns elementos do plano, mas, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda procura por uma forma de compensar o que deixará de levantar em arrecadação com o recuo anunciado. No cenário externo, havia mais fatores para fomentar o apetite por risco. Os mercados ainda digeriam o recuo do presidente dos EUA, Donald Trump, ao adiar o prazo para a implementação de tarifas de 50% sobre a União Europeia. Após telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump disse no domingo que adiaria a implementação da taxa sobre os produtos europeus para 9 de julho, ante o prazo anterior de 1º de junho, para permitir negociações entre as duas partes. A notícia gerava alívio nos investidores, com muitos reagindo somente nesta terça devido ao fechamento dos mercados nos EUA na véspera. Também era um fator positivo a forte queda nos rendimentos dos Treasuries, que ocorriam na esteira das perdas nos rendimentos dos títulos japoneses, após matéria da Reuters indicar que o Ministério das Finanças japonês pode reduzir a emissão de títulos de longo prazo. Já a confiança dos consumidores dos Estados Unidos teve uma forte melhora em maio, depois de se deteriorar por cinco meses consecutivos, em meio a uma trégua na guerra comercial entre Washington e Pequim, embora as famílias continuem preocupadas com as tarifas do presidente Donald Trump. (Com Reuters) |
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