![]() O dólar à vista tinha leve alta ante o real nesta terça-feira, à medida que investidores seguem de olho na resposta do Brasil diante da aproximação do prazo de 1º de agosto para a imposição de tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. Leia mais: Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial Qual a cotação do dólar hoje?Às 10h27, o dólar à vista subia 0,10%, aos R$ 5,597 na venda. Na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,06%, aos R$5,597. Na segunda-feira, o dólar à vista fechou o dia com alta de 0,54%, a R$5,5925. O Banco Central informou que fará nesta terça-feira, das 10h30 às 10h35, leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) de até US$1 bilhão, para rolagem do vencimento de 4 de agosto Dólar comercial
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O que aconteceu com dólar hoje?Dias antes da imposição da tarifa anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Brasil, o governo brasileiro segue em busca de abrir canais de diálogo com autoridades norte-americanas para negociar a taxa, mas parece não ter tido sucesso até agora. Analistas também veem pouco espaço para um acordo, uma vez que Trump vinculou sua ameaça a questões mais políticas — como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — do que comerciais, limitando as contrapartidas que o Brasil poderia oferecer. Na mais recente atualização sobre o assunto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse mais cedo que o vice-presidente Geraldo Alckmin teve na véspera uma longa conversa com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, acrescentando que o governo não está “fixado” com o prazo de Trump. Sem a perspectiva de que o governo dos EUA possa suspender a tarifa sobre o Brasil ou estender o prazo para negociações, os investidores optavam por manter a cautela nesta sessão, sem realizar grandes apostas em qualquer direção. “Ainda estamos patinando para tentar fazer um negócio com o governo dos EUA… Mercado está colocando expectativa sobre o plano de contingência do governo e como pode afetar a questão fiscal do país”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. No cenário externo, o foco também está em torno do comércio, particularmente sobre o recém-fechado acordo entre os EUA e a União Europeia, que estabelece uma tarifa de 15% sobre os produtos europeus que chegam aos EUA. O anúncio do acordo fornecia força ao dólar nos mercados globais, uma vez que os agentes financeiros têm concluído que o entendimento foi mais favorável para Washington ao impor taxas ainda altas sobre a UE, apesar de abaixo da ameaça anterior de Trump de uma tarifa de 30%. Nesta semana, os investidores ainda se posicionam para as decisões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve, com ambas a serem divulgadas na quarta-feira. A expectativa é de que os dois bancos mantenham suas taxas de juros estáveis. (Com Reuters) |
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