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Economia

Dólar hoje vira para queda após Lula respaldar discussões sobre decreto do IOF

- 03/06/2025 2 Visualizações 2 Pessoas viram 0 Comentários
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O dólar à vista caía ante o real nesta terça-feira (3), após abertura positiva, enquanto aguardam o anúncio da solução do governo para o impasse sobre os aumentos no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça (3) que um almoço em sua casa logo mais, às 13h, entre o governo e os líderes do Congresso irá definir as medidas fiscais que serão apresentadas como alternativa ao decreto que elevou as alíquotas do IOF.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Qual a cotação do dólar hoje?

Às 12h36, o dólar à vista operava em baixa de 0,44%, aos R$ 5,651 na venda. Na B3 o dólar para julho — o mais líquido atualmente no Brasil — recuava 0,42%, aos 5.689 pontos.

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Encontro entre governo e Congresso será num almoço na casa do Presidente

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,650
  • Venda: R$ 5,651

Dólar turismo

  • Venda: R$ 5,733
  • Compra: R$ 5,913

O que aconteceu com dólar hoje?

O mercado nacional segue atento às discussões em torno do impasse sobre o IOF, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem se reunindo com os líderes do Congresso para negociar novas propostas a fim de alcançar a meta fiscal após os parlamentares reagirem negativamente ao decreto do governo.

Nesta terça, falando em coletiva de imprensa, Lula respaldou as negociações entre Haddad e os parlamentares, ressaltando que o ministro esteve desde o início disposto a discutir alterações à medida anunciada no mês passado.

“Em nenhum momento o companheiro Haddad teve qualquer problema de rediscutir o assunto”, disse Lula na coletiva. “A apresentação do IOF foi o que eles pensaram naquele instante. Aí se aparece alguém com ideia melhor e ele topa discutir, vamos discutir.”

Segundo Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, as falas de Lula fornecem um sinal positivo de que o governo não vai pressionar por manter o decreto do IOF e de que está disposto em recuar para se alinhar com os interesses do Congresso.

“Melhora a percepção de interlocução do Congresso com o governo. Essa percepção tinha se deteriorado com o jeito estabanado que ocorreu o anúncio do IOF. Além disso, parece que, ao invés de judicializar a questão, que era um caminho possível, estão trabalhando para um caminho alternativo”, afirmou.

Mais cedo, Haddad afirmou que se reunirá na tarde desta terça-feira com o presidente para apresentar medidas estruturais na área fiscal que classificou como soluções duradouras para as contas públicas.

O ministro afirmou que as medidas encontram respaldo dos comandos da Câmara dos Deputados e do Senado, ressaltando que a decisão sobre o tema deve ser levada a público “em algumas horas”.

Durante a coletiva de Lula, o dólar devolveu os ganhos que vinha acumulando durante a manhã, ao acompanhar o avanço da divisa norte-americana no exterior, e passou a cair ante o real, com os investidores digerindo bem os comentários de Lula sobre a questão do IOF.

A moeda dos Estados Unidos tinha atingido a maior cotação do dia, a R$5,7094 (+0,62%), às 9h55. A mínima, a R$5,642 (-0,56%), veio às 12h01, após as falas do presidente sobre o IOF.

No exterior, a política comercial dos EUA voltou a ocupar as atenções dos mercados depois que o presidente Donald Trump anunciou plano para dobrar as tarifas sobre aço e alumínio importados para 50% e acusou a China de violar um entendimento alcançado pelos dois países no mês anterior.

Analistas e investidores temem que as tarifas de Trump provoquem maiores danos justamente na economia norte-americana, o que, junto das incertezas sobre a política comercial, tem provocado uma abandono de ativos dos EUA, sendo o dólar o mais prejudicado desse processo.

A expectativa sobre a questão está voltada para quarta-feira, quando as tarifas mais altas estão previstas para entrar em vigor e encerra o prazo que o governo dos EUA forneceu aos parceiros para apresentarem suas melhores propostas de acordos comerciais.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,63%, a 99,207.

(Com Reuters)




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