![]() O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira, recuperando algumas das perdas da véspera, à medida que os investidores reagiam a um novo alívio tarifário nos Estados Unidos, enquanto aguardavam uma série de dados da maior economia do mundo ao longo da semana. O relatório JOLTs informou que as vagas de emprego em aberto nos Estados Unidos caíram de forma acentuada em março, mas um declínio nas demissões sugeriu que o mercado de trabalho permaneceu em uma base sólida, apesar de uma política tarifária em constante mudança estar fomentando incertezas sobre a maior economia do mundo. As vagas de emprego em aberto, uma medida da demanda de mão de obra, caíram em 288.000, para 7,192 milhões no último dia de março, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório Jolts nesta terça-feira. Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial Na cena doméstica, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, continua no radar. Desta vez, o chefe da autarquia participa de entrevista coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), em Brasília, às 11h, ao lado de outros diretores da autoridade monetária. Qual a cotação do dólar hoje?Às 10h59, o dólar à vista subia 0,09%, a R$5,653 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,01%, a R$5,658. Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,73%, a R$5,6485. O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025. Dólar comercial
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O que acontece com o dólar hoje?Os movimentos da divisa brasileira ocorriam em meio a um cenário mais positivo para a moeda norte-americana no exterior, com avanços modestos sobre pares fortes, como o euro e o iene, e pares emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Por trás dos ganhos ligeiros estava um novo alívio na política comercial dos EUA, com autoridades norte-americanas sinalizando na véspera que o governo reduzirá o impacto das tarifas sobre automóveis ao aliviar as taxas impostas em peças estrangeiras para veículos produzidos em solo norte-americano. O governo também evitará que as tarifas sobre automóveis estrangeiros se acumulem sobre outras taxas, em um acordo que o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, chamou de “grande vitória” para a política do governo. Uma vez que as incertezas sobre as tarifas dos EUA têm sido um fator baixista para o dólar, em meio aos receios pelos impactos na maior economia do mundo, a divisa norte-americana se recuperava em alguns mercados pelo mundo, com investidores retomando algumas posições compradas na moeda de reserva global. “O mercado segue de olho nas notícias dos EUA… o dólar amanheceu com uma posição mais forte em todo o mundo e provavelmente vamos sentir um pouco aqui”, disse Lucélia Freitas, especialista em câmbio da Manchester Investimentos O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,22%, a 99,256. Por outro lado, ainda havia um certo sentimento de cautela nos mercados, controlando os movimentos cambiais, já que os agentes financeiros aguardam a publicação de uma série de dados importantes ao longo da semana que podem influenciar as negociações. O destaque será a divulgação do relatório mensal de emprego dos EUA na sexta-feira, com expectativa de desaceleração na abertura de postos de trabalho. Também estarão no radar números de inflação e de Produto Interno Bruto (PIB), ambos na quarta-feira. Investidores e analistas buscarão por indícios de efeitos iniciais da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a economia norte-americana. Também permanece incerteza sobre a guerra comercial entre EUA e China, à medida que os dois países seguem fornecendo visões diferentes sobre a situação das tensões comerciais entre ambos. Na cena doméstica, o mercado avaliará mais comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que participará de entrevista coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira às 11h. No relatório divulgado mais cedo, a autarquia afirmou que as instituições financeiras indicaram mais cautela no apetite ao risco em 2025, em um ambiente em que riscos fiscais ganharam mais relevância e de percepção de piora no ciclo econômico e financeiro. Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,73%, a R$5,6485, recuando pela sétima sessão consecutiva. No ano, a divisa dos EUA acumula queda de 8,61% frente ao real. (com Reuters) |
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