O dólar operava com baixa ante o real nas primeiras negociações desta sexta-feira, mas estava a caminho de fechar a semana em alta, com os investidores reagindo a nova intervenção no câmbio pelo Banco Central, enquanto digerem o avanço do pacote fiscal do governo no Congresso. Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda O Banco Central vendeu um total de 3 bilhões de dólares à vista em um novo leilão realizado na manhã desta sexta-feira, no que foi a sétima operação do tipo desde a semana passada e um dia após injetar 8 bilhões de dólares à vista no mercado de câmbio, informou a autarquia em comunicado. No leilão, o BC aceitou 8 propostas, com um diferencial de corte de 0,000100, entre às 9h15 e 9h20. Qual é a cotação do dólar hoje?Às 10h40, o dólar à vista caía 0,26%, a 6,106 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 1,27%, a 6.083 pontos. Na quinta-feira, após cinco pregões consecutivos de alta, em que acumulou valorização de 5,2%, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 2,29%, cotado a 6,1243 reais, ainda o segundo maior valor nominal de fechamento da história. Dólar comercial
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O que aconteceu com dólar hoje? Desde quinta-feira da semana passada, a autarquia já vendeu mais de 23,75 bilhões de dólares em uma série de intervenções no câmbio, incluindo vendas à vista e leilões de linha (dólares com compromisso de recompra) em meio à forte desvalorização da moeda brasileira em decorrência de receios fiscais dos investidores. Além das intervenções do Banco Central, a aprovação do pacote fiscal também contribui para alívio da pressão cambial. O mercado considera positiva a aprovação do pacote fiscal na Câmara e Senado, mas persiste a insatisfação com a desidratação das medidas e vê necessidade de mais medidas de contenção de despesas para o cumprimento do arcabouço fiscal em 2025, segundo head da mesa de operações da StoneX Banco de Câmbio, Marcio Riauba. A apreciação do parecer da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no Congresso também ficaram para o ano de 2025, após o recesso parlamentar. A queda do dólar é ajudada também pelo recuo externo da divisa norte-americana ante pares rivais e emergentes pares do real, e também dos juros dos Treasuries. Nos EUA, a Câmara dos Representantes rejeitou o plano que evitaria paralisação do governo americano. Investidores temem também uma postura mais dura pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com os juros no ano que vem por conta dos riscos inflacionários com as políticas de isenção de impostos, aumento de tarifas comerciais e expansão do gasto público do presidente eleito Donald Trump. Em relação ao pacote fiscal, após aprovar o PLP e a PEC, o Senado ainda deve votar hoje, a partir das 10 horas, o projeto de lei ordinária (PL) que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5% ao ano e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já na Câmara, após aprovação do pacote fiscal ontem, haverá hoje uma sessão deliberativa extraordinária virtual, às 11 horas. A pauta do plenário ainda não foi divulgada. Segundo líderes, a expectativa é de que haja pautas leves e de que sejam apreciados projetos e urgências que ficaram sem exame nas últimas sessões e que foram demandados por parlamentares. No exterior, a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), registrou alta de apenas 0,1% em novembro na comparação mensal, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (20). Na base anual, o indicador avançou 2,4%, abaixo da estimativa de 2,5% do mercado, mas ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano. (Com Reuters e Estadão) |
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