![]() O dólar à vista subia ante o real nesta sexta-feira, em um dia marcado pela disputa em torno da Ptax de fim de mês, enquanto investidores assimilam dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e números de inflação nos Estados Unidos, com a política comercial da maior economia do mundo ainda em foco. Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial O dia ainda conta com o fechamento da taxa Ptax para o mês. Calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições. Qual a cotação do dólar hoje?Às 10h53, o dólar à vista operava em alta de 0,76%, aos R$ 5,713 na venda. Na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — subia 0,65%, aos 5.706 pontos. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,51%, a R$ 5,6663. Dólar comercial
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O que aconteceu com dólar hoje?Os movimentos do real nesta sessão tiveram como pano de fundo a força modesta da divisa norte-americana no exterior, com os mercados globais avaliando novos dados do indicador preferido de inflação do Federal Reserve e notícias que aumentaram as incertezas sobre as tarifas do presidente Donald Trump. O governo norte-americano informou que seu índice PCE subiu 0,1% na base mensal em abril, ante estabilidade no mês anterior. Nos 12 meses até abril, o indicador desacelerou para 2,1%, de um ganho de 2,3% março. Os números vieram praticamente em linha com o esperado. As surpresas do dia vieram do noticiário sobre a política comercial dos EUA. Um tribunal federal de apelações decidiu restabelecer na quinta-feira as tarifas de Trump que tinham sido bloqueadas por um corte de comércio no dia anterior, reforçando o que deve ser uma longa batalha judicial. Na quarta-feira, a Corte de Comércio Internacional impediu a implementação das taxas anunciadas por Trump em 2 de abril com a alegação de que o presidente teria excedido sua autoridade, uma vez que estaria presente sobre uma prerrogativa do Congresso. Em outro desenvolvimento, Trump acusou a China de estar violando um acordo neste mês entre as duas maiores economias do mundo para reduzir suas tarifas por 90 dias, gerando mais incertezas sobre o futuro das disputas comerciais dos EUA com os parceiros. “Há uma leitura de que a Casa Branca está determinada a aplicar essas tarifas, então mesmo que a ordem judicial sobreviva a todos os recursos no futuro, há uma percepção de que a Casa Branca utilizaria outros mecanismos legais para aplicar essas taxas”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. Em meio ao impasse, o Fed manteve as taxas de juros inalteradas, e os dados de inflação desta manhã fortaleceram apostas de operadores de que um corte na taxa deve ocorrer somente em setembro. O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,29%, para 99,536. Na cena doméstica, o mercado nacional analisou dados do PIB do Brasil para o primeiro trimestre, que também vieram em linha com o esperado. O IBGE informou que a economia cresceu 1,4% no período de janeiro a março em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB teve expansão de 2,9%, contra expectativa de 3,2% em pesquisa da Reuters nessa base de comparação. A agropecuária, com peso de cerca de 6,5% na economia, foi a principal responsável pela expansão da atividade econômica nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 12,2% em relação ao quarto trimestre. O resultado mantinha em torno de 90% as apostas de que o Banco Central pausará seus contratos financeiros em junho, mantendo a taxa Selic em 14,75% ao ano, após a alta de 0,5 ponto percentual realizada neste mês. (Com Reuters) |
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