![]() Após abrir em alta, o dólar tinha uma queda ligeira frente ao real nesta quinta-feira, mas se mantinha próximo da marca de R$ 5,65, à medida que a forte recuperação do iene e a queda nas commodities continuam pressionando moedas de países emergentes. Na seara nacional, a prévia da inflação oficial do país subiu 0,30% em julho ante junho, após ter subido 0,44% em maio e 0,39% no mês passado. Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em julho foi de 4,45%, acima dos 3,19% observados no mesmo período do ano passado e também maior que os 4,06% até junho. Em julho de 2023, a variação mensal do IPCA-15 tinha sido de -0,07%. Os dados de julho vieram acima do consenso LSEG de analistas, que previam inflação mensal de 0,23% e taxa anualizada de 4,38%. Qual a cotação do dólar hoje?Às 10h25, o dólar comercial caía 0,32%, a R$ 5,638 na compra e a R$ 5,639 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) caía 0,32%, a 5.642 pontos. Por que o dólar segue subindo, mesmo com governo “mais comportado”? Na quarta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,656 na venda, em alta de 1,24%. Esta foi a segunda maior cotação de fechamento em 2024, abaixo apenas dos R$ 5,6665 de 2 de julho. Dólar comercial
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Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda O que acontece com o dólar hoje?Apesar da alta do real frente ao dólar nesta manhã, fatores externos continuavam gerando forte pressão sobre mercados emergentes. Entre as commodities, os preços do petróleo voltaram a subir após uma recuperação na véspera, com os preços futuros do petróleo Brent recuando 1,5%, a 80,47 dólares por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate caíam 1,4%, a 76,47 dólares por barril. Os preços futuros do minério de ferro ampliaram as perdas mais cedo. O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China DCIOcv1 caiu pela quinta sessão consecutiva, a 1,55%, para 764,5 iuanes (105,50 dólares) a tonelada. A fraqueza nos preços de commodities tem sido gerada pela piora nas perspectivas econômicas da China, o maior importador de matérias-primas do planeta, o que afeta países exportadores de commodities, como o Brasil. Também se ampliava a recuperação do iene frente ao dólar devido a suspeitas dos investidores sobre uma possível alta de juros na reunião de política monetária do Banco do Japão na próxima semana. A expectativa de queda no diferencial entre as taxas de juros do Japão e dos Estados Unidos, impulsionada ainda pelas apostas de cortes de juros no Federal Reserve neste ano, tem provocado a reversão de operações de “carry trade”. Nessas operações, investidores assumem posições vendidas em relação ao iene e levam seus recursos para países com juros mais altos. A possibilidade de altas de juros no Japão fazem esses investidores voltarem para zerar suas posições, provocando uma fuga de capital em países emergentes. O dólar tinha queda de 0,49% em relação ao iene JPY=, a 153,12. Dessa forma, a divisa norte-americana se fortalecia contra o peso mexicano MXN=, em alta de 0,2%, o rand sul-africano ZAR=, com avanço de 0,5%, e o peso chileno CLP=, com ganho ligeiro de 0,1%. “O dólar abriu em um movimento de alta em continuidade dos últimos dias. Aparentemente, o mercado está vindo testar novamente as máximas do dia 2 de julho. Tudo indica que deve superar”, disse Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos. No cenário nacional, o mercado analisa dados do IPCA-15, que vieram acima do esperado por economistas consultados pela Reuters, apesar de uma desaceleração em relação ao mês anterior. O IBGE informou que o IPCA-15 passou a subir 0,30% em julho, depois de ter avançado 0,39% em junho, mas acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,23%. O resultado levou a taxa nos 12 meses até julho a subir para 4,45%, de 4,06% em junho e expectativa de 4,38% O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir na próxima semana para deliberar sobre a política monetária, em meio ao fortalecimento do dólar e a preocupações com a pressão sobre os preços do mercado de trabalho apertado. (com Reuters) |
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