O dólar vira para queda após abertura em alta em relação ao real nesta sexta-feira (6). A moeda mantém uma sequência de quatro dias de perdas, com os investidores atentos aos dados do relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos. Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda Os dados vieram acima do esperado, em 227.000 vagas. O dado supera a expectativa de de aumento de 200.000 empregos no mês passado, de acordo com uma pesquisa da Reuters, após aumentar em apenas 12.000 em outubro, o menor número desde dezembro de 2020. Qual é a cotação do dólar hoje?Às 10h38, o dólar à vista operava com queda de 0,25%, cotado a R$ 5,996 na compra e R$ 5,997 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,37%, a 6.032 pontos. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a 6,0089 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais. O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025. Dólar comercial
Dólar turismoCompra: R$ 6,049 Venda: R$ 6,229 O que acontece com o dólar hoje?O resultado do payroll compõe a base de dados necessária para o Fed definir sua decisão de política monetária neste mês. Dados desta semana mostraram uma desaceleração gradual no mercado de trabalho, o que consolidou as apostas de um corte de 25 pontos-base nos juros. Agentes financeiros ainda precisam seguir observando os anúncios do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, cujas promessas de campanha, incluindo tarifas e cortes de impostos, são consideradas inflacionárias por analistas, o que pode impactar na trajetória da taxa de juros do país. “A questão de como o governo Trump aplicará as tarifas nos parece uma das principais fontes de incerteza e de risco negativo. Se usadas com vigor excessivo, as tarifas poderão criar perturbações tanto para a economia dos EUA como para o resto do mundo”, disseram analistas do Citi em nota. Em meio à espera pelos dados de emprego, o dólar tinha leve alta ante a maioria de seus pares emergentes, movimento que se estendia para o Brasil. O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,06%, a 105,780. No cenário doméstico, o dólar tem tido uma semana histórica, fechando por sessões consecutivas acima de 6,00 reais, após superar a marca na semana passada pela primeira vez desde o início da circulação da moeda brasileira, em 1994. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a 6,0089 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais. Por trás dos recordes, está a contínua preocupação dos investidores com a trajetória das contas públicas, principalmente depois do duplo anúncio do governo de um pacote de medidas de contenção de gastos e de um projeto de reforma do Imposto de Renda. As medidas fiscais já eram esperadas, mas o mercado recebeu mal o projeto que busca expandir a faixa de isenção do IR para quem ganha até 5 mil reais por mês. Um otimismo maior finalmente foi exibido na véspera, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira, do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo. O foco na próxima semana será a última reunião do Copom neste ano. Operadores colocam 58% de chance de uma alta de 75 pontos-base na Selic, atualmente em 11,25% ao ano, com 42% de probabilidade de um aumento de 100 pontos, em meio ao que veem como uma economia superaquecida e com potencial inflacionário. (com Reuters) |
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