Renovando recordes e chegando a bater os R$ 6,20 na última terça-feira (17), o dólar acumula salto de 25,5% em 2024 e leva o real para o rol das moedas de pior desempenho do mundo. Com isso, o Banco Central brasileiro teve que intervir várias vezes nos últimos dias para administrar a queda da divisa brasileira, em um cenário em que o valuation da moeda já está baixo e as taxas de juros reais são as mais altas do mundo. Contudo, uma Selic mais alta é vista como secundária, uma vez que outros fatores como expectativa de inflação e sustentabilidade da dívida têm afetado a moeda brasileira, avaliam os estrategistas do Bradesco BBI, Ben Laidler e Pedro Grimaldi, que assinam relatório sobre o tema. As empresas brasileiras são historicamente mais impactadas negativamente pela fraqueza do câmbio do que seus pares regionais, avaliam. Eles ressaltam que uma resposta política sustentável precisa de uma âncora fiscal restabelecida após a decepção do mercado com os cortes de gastos anunciados em novembro, e não foi pacificada pelo recente aumento de taxa de “choque e pavor” e orientação futura do BC de elevação maior nas taxas de juros básicas do país. Com base nisso, os estrategistas destacaram dez “pensatas” para ajudar o investidor a navegar nesse período turbulento para a moeda brasileira. 1 – O Banco Central brasileiro tem reservas cambiais para aliviar a fraqueza atual do câmbio, o que é condição necessária, mas não suficiente.
O Bradesco BBI está neutro em ações brasileiras, focando em exportadoras (dado o real fraco), bancos (com taxas de juros mais altas por mais tempo) e ações selecionadas focadas no consumidor doméstico (dada a relativa resiliência do consumidor). Os estrategistas veem como principais catalisadores positivos do mercado potenciais cortes nas taxas de juros e um início antecipado do ciclo eleitoral de 2026, mas não veem esses fatores como prováveis até a segunda metade de 2025. Confira abaixo as ações mais afetadas historicamente por um cenário de fraqueza do real: |
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