A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o governo federal mapeou cerca de 15 das 44 estatais que podem trabalhar com os novos decretos para melhorar a governança das empresas. Segundo ela, há cinco acordos com estatais para serem assinados, incluindo companhias como Imbel, Telebras e Ceitec. “Vamos assinar acordos de cooperação técnica sobre governança de estatais”, afirmou a ministra, em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (9). A declaração foi dada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros sobre o tema. “Estatais têm papel estratégico, a gente quer que elas tenham capacidade de gerar receita e inovação”, afirmou Dweck. De acordo com a ministra, nem todas as estatais ficarão independentes. Dweck citou os casos da Ebserh, Codevasf, Conab que, segundo ela, podem aumentar receitas e reduzir custos, o que já seria importante. Leia também Por melhor capacidade financeira, governo anuncia mudanças em governança de estataisA ministra Esther Dweck afirmou que os três decretos envolvendo mudanças na governança das estatais foram assinados nesta segunda-feira e serão publicados na manhã da terça-feira (10) no Diário Oficial da União (DOU) Além disso, a ministra disse que o governo tem discutido com o Ministério das Comunicação como aumentar a receita dos Correios. Em sua avaliação, a melhora na receita pode ocorrer no âmbito do terceiro decreto, que prevê um sistema estruturado das estatais, com foco em melhorar a gestão corporativa das empresas. Dweck disse que a gestão federal fará um acordo dos ministérios com as empresas para pensar em remodelagens de negócios. Como exemplo, as estatais poderão contratar empresas, como BNDES ou privadas, para reformular negócios. A Secretária de Coordenação das Empresas Estatais, Elisa Leonel, afirmou que o decreto também facilitará compartilhamento de boas práticas entre estatais e prevê uma rede de pesquisa para ajudar as empresas. Reuniões periódicasEsther Dweck diz que, entre as mudanças nas diretrizes da Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) que serão efetivadas por decreto, está a previsão de um calendário de reuniões periódicas de 16 ministérios. Os encontros terão, entre seus fins, o objetivo de revisar a lista de estatais em teste no conjunto de três decretos anunciados nesta segunda. A ideia do governo com a medida é melhorar a capacidade financeira das empresas, com foco nas deficitárias. Inicialmente, 15 das 44 estatais federais testarão os caminhos dos decretos. “A comissão de ministros passa a ter esse caráter estratégico de monitoramento da carteira de investimentos das empresas estatais, à medida que forem vislumbrando necessidade de empresas entrarem e saírem”, afirmou Dweck. (Com Estadão Conteúdo) |
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