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É um bom momento para começar a pensar em comprar Brasil, diz Guilherme Benchimol

- 22/02/2025 5 Visualizações 5 Pessoas viram 0 Comentários
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Guilherme Benchimol fundador e presidente do conselho de administração da XP (XPBR31), comentou neste sábado (22), durante painel de abertura do Journey, evento organizado pelo escritório de investimentos Blue3, em Ribeirão Preto (SP), a importância de saber trabalhar em período de volatilidade no mercado.

“Nosso papel é ajudar nossos clientes a construirem carteiras resilientes e antifrágeis no tempo, fazendo um trabalho completo de financial planning. Dessa forma a gente consegue atravessar as crises de forma saudável e com riscos controlados”, afirmou ele para uma plateia de mais de 300 pessoas, em sua maioria assessores de investimentos.

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Confiança

“Toda crise passa. A pergunta é se vai passar por ela reclamando, encontrando culpados ou trabalhando. Na minha opinião, são nas crises que a gente se diferencia”, destacou.

Benchimol ressaltou que, “infelizmente, o diferencial das empresas de investimentos é menos evidente quando o mercado está em alta e os ativos como um todo se valorizam”. Nos cenários mais complexos, é a hora de mostrar que um assessor faz a diferença na vida do cliente. Construir confiança é estar próximos dos nossos clientes nos bons e nos maus momentos”, explicou.

Após o painel, Guilherme Benchimol concedeu entrevista ao InfoMoney e comentou sobre o momento do mercado financeiro. “O Brasil nunca teve tão barato na história”, afirma.

Ele considera a direção não tão clara no longo prazo. “A sustentabilidade do arcabouço talvez não esteja tão nítida”, diz. “Ao mesmo tempo, o preço hoje traz uma oportunidade muito grande. Acho que é um bom momento para começar a pensar em comprar Brasil”, destaca.

Benchimol aponta que a maior oportunidade do Brasil hoje é reduzir a taxa de juros de forma estrutural. “Quando a gente coloca os juros futuros a 15% ao ano, o dinheiro fica preguiçoso. Com 15%, ninguém corre risco, ninguem faz nada”, ressalta.

Taxa de câmbio

 “Quando o dinheiro no Brasil ficar mais barato, evidentemente ele volta a tomar um pouco mais de risco. As taxas atuais de juros fizeram uma freada natural na economia”, explica.

Para o executivo, “a inflação deve começar a arrefecer e, em breve, as curvas longas de juros também vão começar a ceder”. Ele crê que, com isso, o fluxo estrangeiro volte ao país de forma mais estruturante.

“O estrangeiro olha o Brasil barato. Mas a primeira coisa que o estrangeiro olha na frente é a taxa de câmbio”, não adianta comprar ativo barato e a moeda depreciar no tempo aponta. Benchimol diz que a estabilidade cambial e o controle inflacionário permitem uma melhor precificação do longo prazo e por consequência a retomada da confiança dos investidores.

“Nesses últimos tempos esse cenário ficou mais volátil e, evidentemente, deixa o estrangeiro mais assustado”, complementa.

Ele avalia que “o governo fazendo dever de casa, a gente vai convergir na direção certa, ou seja, crescimento sustentável, com inflação baixa e contas públicas equilibradas”




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