![]() Guilherme Benchimol fundador e presidente do conselho de administração da XP (XPBR31), comentou neste sábado (22), durante painel de abertura do Journey, evento organizado pelo escritório de investimentos Blue3, em Ribeirão Preto (SP), a importância de saber trabalhar em período de volatilidade no mercado. “Nosso papel é ajudar nossos clientes a construirem carteiras resilientes e antifrágeis no tempo, fazendo um trabalho completo de financial planning. Dessa forma a gente consegue atravessar as crises de forma saudável e com riscos controlados”, afirmou ele para uma plateia de mais de 300 pessoas, em sua maioria assessores de investimentos. Confiança“Toda crise passa. A pergunta é se vai passar por ela reclamando, encontrando culpados ou trabalhando. Na minha opinião, são nas crises que a gente se diferencia”, destacou. Benchimol ressaltou que, “infelizmente, o diferencial das empresas de investimentos é menos evidente quando o mercado está em alta e os ativos como um todo se valorizam”. Nos cenários mais complexos, é a hora de mostrar que um assessor faz a diferença na vida do cliente. Construir confiança é estar próximos dos nossos clientes nos bons e nos maus momentos”, explicou. Após o painel, Guilherme Benchimol concedeu entrevista ao InfoMoney e comentou sobre o momento do mercado financeiro. “O Brasil nunca teve tão barato na história”, afirma. Ele considera a direção não tão clara no longo prazo. “A sustentabilidade do arcabouço talvez não esteja tão nítida”, diz. “Ao mesmo tempo, o preço hoje traz uma oportunidade muito grande. Acho que é um bom momento para começar a pensar em comprar Brasil”, destaca. Benchimol aponta que a maior oportunidade do Brasil hoje é reduzir a taxa de juros de forma estrutural. “Quando a gente coloca os juros futuros a 15% ao ano, o dinheiro fica preguiçoso. Com 15%, ninguém corre risco, ninguem faz nada”, ressalta. Taxa de câmbio“Quando o dinheiro no Brasil ficar mais barato, evidentemente ele volta a tomar um pouco mais de risco. As taxas atuais de juros fizeram uma freada natural na economia”, explica. Para o executivo, “a inflação deve começar a arrefecer e, em breve, as curvas longas de juros também vão começar a ceder”. Ele crê que, com isso, o fluxo estrangeiro volte ao país de forma mais estruturante. “O estrangeiro olha o Brasil barato. Mas a primeira coisa que o estrangeiro olha na frente é a taxa de câmbio”, não adianta comprar ativo barato e a moeda depreciar no tempo aponta. Benchimol diz que a estabilidade cambial e o controle inflacionário permitem uma melhor precificação do longo prazo e por consequência a retomada da confiança dos investidores. “Nesses últimos tempos esse cenário ficou mais volátil e, evidentemente, deixa o estrangeiro mais assustado”, complementa. Ele avalia que “o governo fazendo dever de casa, a gente vai convergir na direção certa, ou seja, crescimento sustentável, com inflação baixa e contas públicas equilibradas” |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *