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Judiciário

Em mais um dia de caos em Porto Alegre, bairros ficam alagados e aulas são suspensas

- 23/05/2024 9 Visualizações 9 Pessoas viram 0 Comentários
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Justamente quando a tragédia enfrentada por Porto Alegre (RS) desde o fim de abril parecia dar os primeiros sinais de que estava ficando para trás, a situação voltou a se tornar crítica desde a madrugada desta quinta-feira (23). A capital gaúcha vive, novamente, um dia de absoluto caos, em meio à maior calamidade climática de sua história.

Ruas e avenidas de diversos bairros da cidade voltaram a ficar completamente tomadas pelas águas logo nas primeiras horas do dia. As aulas de todas as escolas das redes pública e privada foram suspensas para sexta-feira (24).

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De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o volume de chuva registrado em apenas 12 horas ultrapassou os 100 milímetros na zona sul da cidade.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), garantiu que a administração municipal não foi pega de surpresa com a chuva – mas, sim, com a sua intensidade e volume.

“A prefeitura não foi pega de surpresa. Nós sabíamos que ia chover. Mas, agora, a quantidade de chuva foi excessivamente forte”, admitiu, em entrevista à RBS TV.

Foram detectados problemas relacionados a enchentes e alagamentos nas zonas norte, sul e central da capital, em bairros como Menino Deus, Cidade Baixa, Praia de Belas, Ipanema, Cavalhada, São Geraldo, Moradas da Hípica, Santa Fé e Restinga.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou 86 ocorrências de alagamento. Ao todo, há 55 ruas e avenidas totalmente bloqueadas e 23 com bloqueio parcial.

Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), 10 das 23 casas de bombas estão funcionando na drenagem da água acumulada nas ruas. O problema é que o barro levado pelas cheias está bloqueando as galerias pluviais, que fazem o escoamento.

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Guaíba sobe e número de mortos vai a 163 no RS

Nas últimas horas, o nível das águas do lago Guaíba, em Porto Alegre, voltou a subir, avançando 14 centímetros em um intervalo de cerca de 5 horas, depois de uma chuva que atingiu a marca de 17,6 milímetros, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Na noite de quarta-feira (22), segundo as medições da ANA, o Guaíba estava em 3,82 metros, no Cais Mauá. Entre 1h45 e 4h45 desta quinta, o patamar chegou a 3,96 metros. Às 6h15 horas, o nível havia recuado um pouco, para 3,93 metros.

O patamar das águas do Guaíba continua acima da chamada “cota de inundação”, que é de 3 metros. O pico histórico foi registrado no início do mês, quando o lago bateu 5,33 metros.

De acordo com o mais recente boletim da Defesa Civil do estado, o total de mortes desde o início das enchentes, no fim de abril, subiu para 163.

A Defesa Civil informou, ainda, que o número de pessoas desaparecidas é de 72 até o momento. Há 806 feridos.

O total de pessoas que tiveram de deixar suas residências ultrapassa 647,4 mil, das quais 65,7 mil estão em abrigos e 581,1 mil, em casas de amigos ou parentes (tecnicamente, são considerados “desalojados”).

Até agora, 468 dos 497 municípios do estado foram afetados, de alguma forma, pelas enchentes. Ao todo, são mais de 2,3 milhões de pessoas atingidas.

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