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Economia

Especialistas veem melhora para fundos após maré de resgates; veja os preferidos para 2024

- 09/01/2024 11 Visualizações 11 Pessoas viram 0 Comentários
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A “tempestade perfeita” que abalou a indústria de fundos de investimento em 2023 escancarou retornos abaixo do esperado para boa parte das classes e um fluxo maior de saída do que entrada nos produtos. O resultado foi um volume de resgates líquidos de mais de R$ 127 bilhões no ano — o segundo maior da história.

Após um ano desafiador, especialistas agora veem perspectivas mais positivas para fundos de ações, fundos imobiliários (FIIs), fundos de infraestrutura (FI-Infra), além de fundos de crédito privado.

Multimercados, por sua vez, não devem perder totalmente o apelo. Já fundos de investimentos em cadeias agroindustriais (Fiagros) — com destaque para os que possuem ativos high yield (maior risco e retorno) — devem ser vistos com maior cautela, diante de eventuais riscos com o El Niño, segundo especialistas.

Fundos de ações e FIIs

“Os grandes vencedores de 2024 devem ser fundos imobiliários de tijolo e fundos de ações”, explica Vitor Duarte, CIO da Suno Asset. Do ponto de vista dos produtos voltados para ações, o profissional afirma que as cotas dos fundos estão desvalorizadas e que há potencial de alta, com a queda dos juros. Nas previsões de economistas consultados pelo Banco Central, a Selic deve encerrar este ano em 9%.

Fundos imobiliários também são uma das apostas dentro do Santander, com destaque para FIIs de recebíveis imobiliários, que respondem pela maior parte da carteira sugerida de janeiros. Os nomes preferidos são o VBI CRI (CVBI11), CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11), Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11), além do RBR Rendimentos High Grade (RBRR11]).

FIIs mais ligados à logística, como o BTG Pactual Logística (BTLG11) e Vinci Logística (VILG11) também tem vez, juntamente com opções híbridas, além de fundos de escritórios e hedge funds.

Fundos de crédito privado e FI-Infras

Após um baque no crédito privado ao longo de 2023, a expectativa para os fundos que alocam nesses tipos de ativos é de retomada neste ano, com a volta do fluxo e melhora nos fundamentos.

“O investidor não vai direto para ações. Vai enchendo todos os ‘baldinhos’, começando pelo crédito privado, fundo imobiliário e só depois para ações”, afirma Ulisses Nehmi, CEO da Sparta. “Acho que agora estamos no começo desse ciclo”, diz.

Os fundamentos melhores também devem impulsionar os retornos dos fundos, com a redução do custo da dívida para empresas e melhora nas métricas de crédito.

Outra classe que poderá ter um bom ano é a de fundos de infraestrutura (FI-Infras), que tendem alocar mais em debêntures de infraestrutura. Em relatório, a Guide destacou que vê boas perspectivas para a classe, que costuma ter uma carteira diversificada e ativos com rendimento superior ao das NTN-Bs equivalentes (títulos públicos atrelados à inflação de mesmo prazo).

A preferência dentro da corretora é por nomes como Sparta Infra (JURO11) e o Kinea Infra (KDIF11). Segundo a casa, o Bocaina Infra (BODB11) também pode ser uma opção interessante para quem estiver disposto a correr mais risco e a receber um retorno mais elevado por isso.

Fundos multimercados

2024 também pode ser de recuperação para os multimercados. “Em 2023, o grande tema foi o aperto monetário. Agora, é o afrouxamento monetário. Os multimercados estarão atentos aos países onde esse processo será maior e mais rápido”, afirma Rodrigo Sgavioli, chefe de alocação da XP.

O segredo para alocar, observa Sgavioli, estará em diversificar a carteira, com posições em multimercados macro, long e short, quantitativos e globais. Segundo o especialista, atualmente, a sugestão é que fundos macro respondam por cerca de 50% da carteira de multimercados.

Fiagros

Por outro lado, algumas casas estão mais seletivas com os Fiagros, caso da Suno Asset e da Guide. Em relatório, a corretora afirmou que há incertezas quanto aos efeitos do El Niño nas safras e também quanto à evolução do CDI e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A preferência dentro da Guide é por Fiagros como o Kinea Agro (KNCA11). A casa justifica que tem optado por fundos com carteira mais diversificada em termos de cultura e região, além de pouco concentrados em ativos indexados ao CDI.




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