O Exchange Traded Fund (ETF) – ainda – não gera recompensa financeira para o assessor de investimento, mas o potencial ganho com a alocação do produto na carteira do cliente não deve ser descartado, observam especialistas. “Os benefícios que este produto pode oferecer ao investidor ajudam o assessor na fidelização do cliente no longo prazo”, explica Francisco Amarante, superintendente da Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos (ABAI). “A manutenção da relação e a satisfação do cliente estão entre os principais objetivos do assessor”, reforça. Entre os benefícios dos ETFs que podem ajudar na fidelização do cliente estão:
Leia mais: Como investir em ETF: confira o guia completo Além de ser uma ótima opção de diversificação, Renato Nobile, gerente de portfólio da Buena Vista, lembra que o ETF também é uma boa ferramenta para capturar oportunidades no mercado – que, obviamente, deixarão os investidores satisfeitos. “Por exemplo, inteligência Artificial e Big Techs puxaram o mercado dos Estados Unidos nos últimos, mas com a redução dos juros todos os outros setores, sem exceção, agora estão positivos”, contextualiza. “Diante da mudança, o pessoal começa a fazer uma mudança tática, optando por um ETF que mais faça sentido no atual momento”, detalha Nobile, que se refere ao ativo como uma espécie de “solução pronta” para este tipo de operação. Segundo ele, dificilmente seria possível fazer o mesmo movimento – com a mesma eficiência – selecionando individualmente as ações ou até mesmo só exposto a um fundo. Opções para todos os perfisEmbora ainda em desenvolvimento, o mercado de ETF no Brasil apresentou forte expansão nos últimos anos tanto em termos de patrimônio (R$ 51 bilhões) como em número de investidores (550 mil), como mostram os dados da B3. Em outubro, a Bolsa de Valores brasileiras listava 109 ETFs, focados em diversos segmentos como renda variável local, renda variável internacional, renda fixa local, renda fixa internacional, cripto e até dividendos. Leia também: Investidores surfam Bitcoin com ETF alavancado – e testam limites do mercado “Quando olhamos para o mercado hoje no Brasil, que tem mais de 100 ETFs, tanto de renda fixa, renda variável, criptomoedas, você tem já um universo muito amplo para poder ser utilizado”, reforça Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset. “Se o perfil do cliente é mais em relação a dividendos ou mais offshore, você consegue fazer essa alocação [por meio de um ETF] de forma muito mais prática”, completa. Embora ainda não gere uma recompensa financeira, assessores discutem com a B3 uma forma de remunerar os profissionais pela alocação de ETFs – assim como já ocorre, por exemplo, com os títulos públicos. |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *