O Ministério Público Federal (MPF) afirma ter encontrado provas “inequívocas” da participação do ex-CEO das Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, que foi preso na sexta-feira (28) em Madri, nas fraudes que teriam sido operadas para manter as ações da rede varejista em alta. A defesa alega que ele não tinha conhecimento do esquema. O executivo é apontado na investigação como o principal responsável pela manipulação dos resultados contábeis da empresa. Era ele quem, segundo o MPF, tinha a palavra final sobre os números supostamente inflados que seriam levados ao conselho de administração e ao mercado. “Os demais investigados faziam referências a ordens diretas de Miguel Gutierrez e, por vezes, tratavam diretamente com ele sobre a fraude”, afirma o Ministério Público. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos As fraudes seriam operadas ao final de cada trimestre para aproximar os resultados reais das expectativas do mercado. Documentos nomeados “verdes e vermelhos” seriam a base do esquema. Os investigadores identificaram que o executivo preferia receber a maior parte dos arquivos em pendrive, “a fim de se resguardar”, mas mensagens recuperadas confirmariam que ele teve acesso aos resultados fraudados. A Polícia Federal (PF) acredita que as fraudes eram operadas com dois objetivos: atingir metas financeiras internas, para conseguir bonificac¸o~es, e aumentar o valor das ações da empresa, já que Gutierrez era um dos acionistas. Ele vendeu R$ 171 milhões em ações antes do anúncio de rombo, em janeiro de 2023. O ex-CEO da Americanas é o principal investigado na Operação Disclosure. Ele teve o nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. As acusaçõesGutierrez teria se desfeito de bens como imóveis e veículos e enviado o dinheiro ao exterior, em offshores sediadas em paraísos fiscais, antes de sair do país, afirmou a Folha de S. Paulo, com base em informações da Polícia Federal.As acusações contra o ex-CEO da Americanas envolvem crimes de uso de informação privilegiada, manipulação de mercado e associação criminosa. Além disso, Gutierrez também é acusado de lavagem de dinheiro, que continua em curso, devido a “ocultação patrimonial” ao tirar o dinheiro do país. Uma das transações teria envolvido o envio de US$ 1,5 milhão para uma empresa sediada em Nassau, nas Bahamas. |
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