Durante teleconferência com analistas, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, executivos da Petrobras (PETR3;PETR4) afirmaram que uma possível aquisição de fatia adicional da Braskem (BRKM5) não está descartada. “A Petrobras tem uma aderência estratégica que pode a fazer focar em petroquímicas. É um negócio atraente e alinhado à nossa estratégia de longo prazo”, disse o diretor financeiro (CFO) Sergio Caetano Leite, mencionando que as margens da gasolina, por conta de toda a questão da transição energética, tendem a cair. “Estamos vendo a questão da petroquímica, da Braskem, de forma estratégica para nós. Várias companhias integradas têm um braço integrado da petroquímica, isso traz valor e uma segurança ao longo prazo”, mencionou, explicando que a estatal avalia a questão no desenvolvimento do seu novo Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028. Petrobras e Braskem: integraçãoOs executivos ainda lembraram que, atualmente, as duas empresas têm uma integração muito forte no que tange matérias-primas, lubrificantes e fertilizantes, No passado, já circularam notícias de que a Petrobras estaria interessada em adquirir o controle da Braskem. Hoje com 47% do capital votante e 36,1% do total, a estatal pode exercer o direito de preferência em caso de venda de participação acionária. Os diretores da petroleira mencionaram, entre outras questões, a proximidade de várias plantas das duas companhias e também que a petroquímica poderia ajudar a Petrobras no período de transição energética, de olho na produção de produtos menos poluentes. Ebook Gratuito Análise de Balanços Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber sobre os resultados das empresas “A Petrobras já enxerga que a petroquímica é importante para o desenvolvimento do seu negócio como um todo há algum tempo. A integração com a petroquímica traz valor e passa até por uma questão de segurança de longo prazo, uma vez que o cenário é de estreitamento das margens dos combustíveis. Vai ser necessário o uso do petróleo em finalidades mais nobres”, explicou William França da Silva, diretor de processos industriais. De acordo com ele, ao se analisar esses fatores através de uma visão estratégica, é possível imaginar a diversificação em produtos petroquímicos.
Petrobras: aquisições no radarFora a questão da Braskem, os executivos mencionaram que fusões e aquisições (M&As) na frente de transição energética também estão no radar – desde que façam sentido. “O range (intervalo) de 6% a 15% do Capex (investimento em capital fixo) é específico para a transição energética, incluindo todas as áreas de baixo carbono. Hoje o nível de 6% no Capex, algo entorno de US$ 4,4 bilhões, é empregado no nosso dever de casa, em mudar nossas operações”, explicou o CFO. Conforme Leite, a intenção da companhia “é recuperar um espaço”, deixado para trás. “Um M&A (fusão e aquisição) ficaria dentro desta faixa. Mas é necessário cumprir critérios. Tem de estar em aderência estratégica. Não investiremos em transição só por investir, é necessário ser interessante economicamente”, finalizou. Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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