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F1 deve acelerar para se tornar mais verde, diz Sebastian Vettel em visita ao Brasil

- 12/08/2025 15 Visualizações 15 Pessoas viram 0 Comentários
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O tetracampeão mundial de Fórmula 1 Sebastian Vettel esteve no Brasil nesta terça-feira, 12, para falar sobre mudanças climáticas e projetos de sustentabilidade. Embora tenha demonstrado satisfação com o novo regulamento da categoria, que inclui combustíveis 100% sustentáveis, ele afirmou que a Fórmula 1 deveria acelerar os processos para se tornar mais verde.

“A pegada ecológica dos carros é relativamente pequena se comparada com o restante da logística, como as pessoas que viajam de uma corrida para outra. Então, acho que há muitas coisas que a Fórmula 1 já está fazendo com muito empenho. Estou animado para o próximo ano, haverá algumas mudanças nas regras relacionadas ao motor. Essas medidas contribuirão para uma pegada menor, mas acho que não devemos parar por aí, porque há muito mais a ser feito”, disse ele no Rio Innovation Week, um dos principais eventos de inovação do país, que tem o Estadão como parceiro de mídia.

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Desde que se aposentou, o piloto alemão se envolveu profundamente com causas climáticas e de justiça social — uma postura que chama atenção por vir de um esporte associado a um grande impacto ambiental. Vettel contou que, a partir de sua experiência como piloto, passou a analisar dados sobre o clima, o que inicialmente o deixou pessimista quanto ao futuro do planeta.

“O poder de ir aos mesmos lugares com um intervalo de um ano tem sido muito forte. Lembro-me de ir a lugares como a Malásia, dirigir até o circuito, voltar e fazer isso no ano seguinte e no seguinte, e a floresta ficava muito perto do caminho para a pista, mas depois ela foi removida e desapareceu, restando apenas palmeiras para o cultivo de óleo de palma. A paisagem mudou e, claro, você começa a ouvir mais sobre a pegada de CO2 e a crise climática futura. No início, fiquei bastante triste e pessimista em relação ao futuro, porque os números não pareciam bons. Mas então comecei a procurar pessoas, a conhecer gente, a me abrir e a conversar, e o que recebi em troca foi muita positividade, muito otimismo”, disse ele.

Vettel também citou como “impactante” a visita recente que fez à Amazônia. O alemão afirmou que demorou para se posicionar sobre questões relevantes durante a carreira e considera isso um arrependimento.

“Comecei a retribuir um pouco tarde na minha carreira. Talvez esse seja um dos meus arrependimentos: não ter sido mais franco sobre as coisas que são importantes para mim, porque acho que os temas que tento abordar são provavelmente importantes para todos nós. Vivemos no mesmo planeta. Podemos gostar de coisas diferentes”, afirmou.

Ele espera que a nova geração de pilotos se posicione mais sobre questões que vão além dos circuitos, citando o inglês Lewis Hamilton como exemplo a ser seguido. Sobre a possibilidade de voltar à Fórmula 1 como piloto, foi claro: pilotar está fora de questão, mas gostaria de trabalhar nos bastidores da categoria.

Na palestra de 40 minutos, Vettel dedicou pouco tempo para falar sobre o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, mas o chamou de “promissor”.

“Ele ainda é jovem, mas acho que está aprendendo muito rápido e progredindo aos poucos. Parece que está indo na direção certa. O carro não é muito forte, mas provavelmente isso o ajuda a desenvolver todos os mecanismos importantes na Fórmula 1. Seria ótimo vê-lo se aproximando do topo nos próximos anos. Como eu disse, ele parece muito promissor. Tenho certeza de que estará por aí por muito tempo. Então, depois da seca de pilotos brasileiros, acredito que o Brasil poderá desfrutar de bons momentos por muitos anos”, afirmou.




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