06/09. Ontem foi o Dia do Sexo ? data criada com objetivo publicitário. Aproveitando o contexto, vamos falar sobre um dos medicamentos mais famosos do mundo: o Viagra.
- Era 1998 quando a FDA ? a “Anvisa dos EUA” ? aprovou o Viagra para o tratamento da disfunção erétil masculina.
Isso porque sua invenção foi um acidente. Originalmente, o produto era usado para tratar hipertensão e dor no peito causada por alguns tipos de doença cardíaca.
No entanto, nos ensaios clínicos, o sildenafil ? nome genérico ? induzia… o efeito que você já sabe. risos. Vendo a oportunidade, a Pfeizer não perdeu tempo.
Foi um sucesso instantâneo ?
O azulzinho se popularizou rapidamente e, em pouco tempo, ultrapassou US$ 1 bilhão em vendas globais, tornando-se um dos medicamentos mais vendidos da farmacêutica nos anos seguintes.
Perceba que, desde o lançamento, o crescimento foi muito acelerado. Em 2012, o Viagra chegou a gerar mais de US$ 2 bilhões em vendas ? quase 4% da receita total da Pfeizer. Até que a situação começou a mudar?
Fim da patente ?
A gigante farmacêutica tinha patente sobre o uso de sildenafil na disfunção eréctil. Mas, em 2013, a patente expirou na União Europeia e, poucos anos depois, no Japão e nos EUA.
Com isso, em dezembro de 2017, a Teva Pharmaceutical ? ****multinacional do setor especializada em genéricos ? lançou uma versão genérica do Viagra.
O resultado? Como você já viu no gráfico, as vendas despencaram. A perda da patente em grandes mercados impactou muito a companhia. Desde então, as vendas do produto caíram quase 80%.
Tudo bem que caiu bastante? ?
Mas, ainda assim, o Viagra é muito relevante, uma vez que o mercado global de medicamentos de disfunção erétil ? que ele segue sendo o maior player ? movimenta em torno de US$ 2,5 bilhões por ano.
- Até 2032, esse mercado deve dobrar, ultrapassando os US$ 5 bilhões ? um crescimento de 6,5% ao ano.
Pense que, segundo a OMS, problemas de disfunção erétil afetam 15% dos homens todos os anos. Juntamente à calvície, estamos falando de duas das maiores dores masculinas. Quando a dor é muito grande, a oportunidade costuma ser maior ainda. ?
Sem contar que a pandemia impulsionou o mercado, uma vez que levou a um aumento dos casos de disfunção erétil. Um dos efeitos adversos da COVID é elevar o risco de sofrer com a condição em quase seis vezes.
Para agravar o cenário ? ou melhorar, pensando em quem vende os medicamentos ? fatores como estresse e adoção de um estilo de vida sedentário também aumentam o risco da condição. Será que a isso vai ajudar a Pfeizer a retomar o crescimento?