O FII Bresco Logística (BRCO11) e a Companhia Brasileira de Distribuição – Grupo Pão de Açúcar (GPA) – entraram em acordo e encerraram discussão judicial sobre a rescisão de contrato de locação referente ao imóvel Bresco São Paulo (CD06), localizado na capital paulista. De acordo com o fundo imobiliário, a empresa aceitou pagar o valor de R$ 12 milhões ao fundo, colocando um ponto final no embate iniciado no começo de 2022. Em fevereiro do ano passado, após reajuste no valor do aluguel, o GPA sinalizou que não renovaria o contrato com o BRCO11 para a locação do galpão logístico CD06 – que acabaria em maio. O espaço representava 19% da receita do FII. Na oportunidade, porém, o fundo comunicou ao mercado que a cláusula de renovação automática foi acionada e o vínculo com a empresa foi prorrogado até 2027. Ignorando o entendimento da carteira, a companhia notificou o Bresco Logístico, no final de novembro, sobre a devolução do imóvel e entregou as chaves do espaço. A empresa também recorreu à Justiça para evitar eventuais cobranças por parte do fundo. Leia também: Nesta terça-feira (13), porém, as duas partes chegaram a um acordo e encerraram a discussão, como destaca o comunicado divulgado pelo mercado. “O GPA pagará ao fundo o valor de R$ 12 milhões, a ser recebido com os acréscimos bancários proporcionais a essa quantia, calculados desde a data do depósito dos valores na conta judicial até a data do efetivo levantamento do valor”, detalha o texto. Com o valor recebido do GPA, o BRCO11 realizará distribuição extraordinária de dividendos no valor mínimo de R$ 0,77 por cota, acrescenta o fato relevante divulgado pela carteira. O montante será pago aos cotistas ao longo do segundo semestre de 2023. O fundo também assinou com o GPA a renovação do contrato de locação de outro imóvel do FII ocupado pela empresa, o CD04, também localizado na capital paulista. A companhia ocupará o espaço nos próximos 60 meses e o valor do aluguel será de R$ 1,356 milhão, 13,2% superior ao valor vigente. Leia também: Ifix hoje:Na sessão desta terça-feira (13), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera no campo positivo. Às 11h54, o indicador registrava alta de 0,04%, aos 3.048 pontos. Confira os demais destaques do dia. Maiores altas desta terça-feira (13):
Maiores baixas desta terça-feira (13):
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CACR11 quer captar até R$ 200 milhões e o menor dividendo do IRDM11 desde a deflação de 2022CACR11 quer captar até R$ 200 milhões em nova ofertaO FII Cartesia Recebíveis Imobiliários aprovou a realização da quinta emissão de cotas do fundo, que pretende captar até R$ 200 milhões, aponta comunicado da carteira o mercado. O valor unitário dos novos papéis foi fixado em R$ 99,19 e a taxa de distribuição da oferta será de R$ 3,59, totalizando um preço de subscrição de R$ 102,78. Na abertura do mercado nesta terça-feira (13), as cotas do CACR11 eram negociadas a R$ 104,90 e o valor patrimonial do fundo – espécie de preço justo – está em R$ 103,02 por cota, de acordo com dados do StatusInvest, plataforma de informações financeiras. Cotistas com direito de preferência poderão subscrever novas cotas do Cartesia Recebíveis até o dia 30 de junho de 2023. Do tipo “papel” – que investe em títulos de renda fixa ligados ao setor imobiliário –, o CACR11 tem hoje um patrimônio líquido de R$ 186 milhões – ou seja, menor do que o montante alvo da oferta. Leia também: IRDM11 vai pagar menor dividendo desde a deflação de 2022Com uma base de mais de 280 mil investidores, o FII Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) vai pagar em junho dividendos de R$ 0,86 por cota, aponta comunicado do fundo divulgado ao mercado na noite desta segunda-feira (12). O montante – referente ao resultado do mês de maio – equivale a um retorno mensal de 0,98%. O valor também é o menor desde novembro de 2022, como aponta o relatório gerencial da carteira. Do tipo “papel” – que investe em títulos de renda fixa –, o IRDM11 tem atualmente 68,5% do patrimônio investido em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), sendo 58% deles atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os CRIs oferecem aos investidores um rendimento mensal mais a correção monetária – que pode acompanhar índices de inflação ou a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário). Quanto mais elevado o indicador, maior a receita do fundo e, consequentemente, o dividendo distribuído aos cotistas. Em caso de queda do indicador, o movimento é oposto, ou seja, de redução da receita do FII. A dinâmica foi observada no terceiro trimestre de 2022, quando a inflação oficial do País medida pelo IPCA acumulou três meses de resultado negativo, afetando os rendimentos do Iridium. “A sequência de deflação ocorrida entre julho e setembro ainda afetou a parcela da atualização monetária auferida pela carteira de CRIs, consequentemente prejudicando também o rendimento distribuído”, destacou relatório do fundo em novembro do ano passado. Leia também: Mordida da deflação: dividendos de FIIs de “papel” caem até 88% após três meses de IPCA negativo Diante do impacto da deflação, a taxa de retorno com dividendos do fundo (dividend yield) foi reduzida no período de IPCA negativo e só voltou ao nível acima de 1% ao mês em janeiro de 2023. Dividendos hojeConfira os FIIs que distribuem dividendos nesta terça-feira (13):
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