 O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta semana que a Prefeitura estuda a desativação do Elevado João Goulart, o Minhocão, como parte do projeto de extensão da Avenida Marquês de São Vicente até o bairro do Tatuapé, na zona leste da capital. A proposta faz parte do plano de metas da gestão municipal e prevê a criação de um novo corredor viário de 6,9 km, conectando a Avenida Sérgio Tomás, na zona oeste, à Salim Farah Maluf, na zona leste. O traçado passaria pela região central, o que, segundo o prefeito, permitiria a redistribuição do fluxo de veículos atualmente concentrado no Minhocão. “Com a extensão da Marquês até o Tatuapé, vamos conseguir desafogar o trânsito e criar uma nova conexão entre as zonas leste e oeste. Isso pode viabilizar a desativação do Minhocão”, afirmou Nunes. O estudo está sendo desenvolvido pela SPUrbanismo, empresa pública ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), e ainda está em fase de análise. De acordo com Nunes, a decisão final sobre o futuro do elevado será debatida com a sociedade. “Se será uma demolição total ou uma requalificação urbana no estilo do High Line, vamos discutir com a população. É um tema polêmico”, disse. O Minhocão foi inaugurado em 1971, durante a gestão de Paulo Maluf, e há anos é alvo de debates sobre sua permanência. Nos fins de semana e à noite, o elevado é fechado ao tráfego e transformado em espaço de lazer para pedestres e ciclistas — um modelo que inspira projetos de urbanismo tático e reutilização de espaços públicos.
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