![]() A unidade de wealth management (voltada à pessoa física) da Marsche Investimentos se fundiu com a Foster Investimentos. As empresas já vinham conversando sobre uma possível combinação de negócios desde 2021, mas consolidaram a fusão em fevereiro último. A Foster tem sob custódia R$ 2,7 bilhões. Com a fusão, o valor gerido sobe para R$ 3,1 bilhões, reunindo mais de 4 mil clientes. “A conversa foi iniciada há alguns anos. Teve uma aproximação dos escritórios. Eles foram fundados em momentos semelhantes. Houve sempre boas práticas. Os sócios-fundadores têm histórico no mercado financeiro”, ressalta Fernando Prado, sócio da Foster Investimentos. Leia mais: InvestSmart, escritório credenciado à XP, pode ter fundo como sócio, diz diretor Afinidades“Na medida que a gente observava afinidades, sejam elas técnicas ou perfil de cliente, começamos a perceber que fazia bastante sentido realizar a fusão”, explica Scheila da Cruz, sócia da Marsche. Luiz Portella, sócio-fundador da Foster, ressalta também a afinidade entre as empresas: “Uma relação começa sempre assim”. Segundo o executivo, o momento é de “trilhar um caminho juntos”. Portella destaca ainda a importância de manter a centralidade dos trabalhos no cliente. “O relacionamento com ele é o pilar fundamental para o negócio”, afirma. Tanto a Foster como a Marsche são credenciadas à XP. Scheila da Cruz conta que a unidade de negócios de wealth management da Marsche precisava ganhar ainda mais força. “A decisão (de fusão) foi muito pautada em poder oferecer uma estrutura um pouco mais robusta que a gente sabe que a Foster tem”, afirma. Saiba mais: XP vai oferecer 20 mil bolsas para formação de profissionais do mercado financeiro Profissionais qualificadosA Marsche segue com a unidade de atendimento aos clientes institucionais na distribuição de fundos de investimentos, que não teve modificação na estrutura. “Os clientes são os fundos de pensão, regimes próprios de previdência e seguradoras”, detalha. “A gente distribui fundos de algumas gestoras independentes que querem acessar esse cliente e precisa de profissionais que entendem desse mercado”, explica. Fernando Prado avalia que o capital humano da área de wealth management da Marsche “é algo, de fato, ímpar no mercado”. “Uma das pessoas que está vindo da empresa da Marsche está assumindo a liderança de B2C. Além disso, tem o profissional de produtos, que vai ser responsável por demandas mais técnicas, de análise da questão de alocação, de dados. A gente está ganhando muito de capital humano”, ressalta o sócio da Foster. Com a fusão, a Foster tem planos de encerrar o ano com R$ 4 bilhões sob custódia. Segundo Porto, a expectativa segue a linha de crescimento que a empresa vem tendo nos últimos anos. Conheça mais: Planejamento financeiro é valioso ao assessor no atual cenário, diz sócio da Blue3 Mercado“Mas a gente tem o pé no chão. Quanto maior se é, para manter os mesmos níveis de qualidade fica mais desafiador. Mas a gente está mais do que preparado para ter novos assessores”, afirma. Sobre as recentes fusões do mercado de escritórios de investimentos, Fernando Prado diz que o assessor autônomo tende a não se sustentar no mercado. “São muitas frentes de negócio para trabalhar e atender seus clientes”, justifica. “Pelo o que a XP oferece hoje de solução para seu cliente, é impossível que um ser humano consiga absorver e desempenhar bem todas elas”, acrescenta. Para o sócio, por outro lado, é importante o escritório dar condições ao assessor para que ele seja “bom tecnicamente”. Ele lembra que há três anos democratizar investimento no exterior era algo que parecia com enorme obstáculo. “Hoje, a gente é um escritório com uma grande referência nisso”, destaca. “A gente está muito animada, entusiasmada com a fusão. A gente vai fazer parte da governança, mesmo sendo minoritário”, diz Scheila da Cruz, que passa a ser sócia também da Foster. |
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