Bruxelas (Reuters) – A França trabalhará com a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos para convencer a Rússia e a China a apoiarem uma resolução nas Nações Unidas para um cessar-fogo em Gaza, depois que as duas grandes potências bloquearam um texto dos Estados Unidos, disse o presidente Emmanuel Macron nesta sexta-feira (22). “Após o veto russo e chinês há alguns minutos, vamos retomar o trabalho com base no projeto de resolução francês no Conselho de Segurança e trabalhar com nossos parceiros americanos, europeus e árabes para chegar a um acordo”, afirmou Macron no final de uma cúpula de líderes da União Europeia em Bruxelas. O Ministério das Relações Exteriores da França disse na quinta-feira que havia começado a redigir uma resolução com diplomatas, acrescentado que eles apresentariam um esboço se a resolução dos EUA não fosse aprovada. Mudança de linguagemNesta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar uma resolução que exigia um cessar-fogo imediato em Gaza como parte de um acordo de reféns, a primeira vez que os EUA apoiaram esse tipo de linguagem. A resolução pedia um “cessar-fogo imediato e sustentado” com duração de aproximadamente seis semanas, que protegeria os civis e permitiria a entrega de assistência humanitária. Macron disse que a mudança de tom de Washington significava que ele estava esperançoso de que uma nova resolução com os Estados árabes poderia ser bem-sucedida se eles conseguissem convencer a Rússia e a China a não se oporem. “O que é importante observar é que os EUA mudaram sua posição e indicaram seu desejo de defender claramente um cessar-fogo, o que é bom para nós e para o progresso de nosso projeto”, disse Macron.
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