![]() O smartphone é item essencial nos dias de hoje e mantê-lo atualizado é um desejo de muitos consumidores. Fazer um upgrade, porém, nem sempre é possível financeiramente, considerando os altos preços — sobretudo dos produtos premium, como iPhone ou Galaxy S. Uma alternativa disponível no mercado é o modelo de celular por assinatura, que permite que o consumidor faça uma espécie de aluguel temporário de um smartphone de sua escolha e pague uma quantia por mês para utilizar todas as funcionalidades do aparelho. A promessa das empresas consultadas pela reportagem é de que o preço final do aparelho ao fim do período de contrato fique até 50% mais barato na comparação com o do mesmo celular no varejo. A lógica da assinatura é a mesma que se observa nos serviços oferecidos para carros, por exemplo, no sistema “phone as a service” (ou celular como serviço). Como funciona?O InfoMoney buscou informações de três empresas que oferecem o serviço: Allu, Leapfone e Triim. Além disso, foram consultados alguns bancos: Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, C6, Itaú, Inter, Next e Santander. O Itaú oferece planos de aquisição de celulares em um formato similar ao da assinatura. Santander e BB ofertam consórcio. Inter, C6 e Next disponibilizam cashback; e Caixa e Bradesco não retornaram ao pedido da reportagem até esta publicação. As empresas especializadas na assinatura disponibilizam o serviço com algumas variações. Mas, basicamente, o passo a passo é o seguinte:
Com o celular em mãos, o consumidor adiciona seu próprio chip, utiliza o aparelho normalmente durante o período de assinatura e, ao final do contrato, o devolve para a empresa — após retirar seu chip e reformatar o aparelho para não enviá-lo com nenhum dado pessoal. Os processos são feitos pelos Correios ou empresa similar. Ao fim do contrato, o consumidor pode escolher entre:
As empresas não oferecem opções de compra do aparelho, mas a depender do caso é possível ficar com o celular conforme algumas condições. No caso da Leapfone, por exemplo, após 30 meses de assinatura com o mesmo aparelho, o consumidor pode ficar com o equipamento por R$ 1. Já a Allu oferece a mesma proposta após três assinaturas de 12 meses feitas (36 meses). No caso do Itaú, o modelo é exclusivo para clientes que podem adquirir iPhones ou modelos da Samsung com parcelamento em 21 vezes sem juros e tudo de forma online pelos apps ou site do banco. O consumidor recebe o aparelho em casa com frete grátis. Ao final dos 21 meses, o consumidor terá pago 70% do valor do aparelho se for Apple e 60% se for Samsung e pode: comprar o aparelho pagando os 30% ou 40% restantes; fazer um upgrade para novo modelo em outras 21 vezes; ou devolver o aparelho de forma gratuita. Vale a pena assinar?Oportunidade Exclusiva CDB 230% do CDI Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney A promessa das empresas é que no modelo de assinatura o custo para ter um aparelho é até 50% menor do que a compra no varejo, o que pode ser um atrativo para o consumidor ter aparelhos mais modernos por valores mais baixos (veja o quadro comparativo). Apesar do preço ser o chamariz para o consumidor, especialistas em finanças pessoais alertam que a comparação é palavra de ordem para tomar uma decisão. Allan Inácio, coordenador de administração e professor de finanças da PUC-PR, exemplifica com um caso em que a pessoa queira assinar e manter o modelo escolhido por mais de um ano. “Se a pessoa assina um iPhone por cerca de R$ 4 mil em 12 meses e renova o mesmo período pelo mesmo preço ou um pouco menos, já pagou cerca de R$ 8 mil em dois anos. O aparelho custa mais de R$ 8 mil? Se for menos, já não vale a pena, até porque já sofreu uma depreciação ao longo do período. Na compra do mesmo aparelho, se a pessoa parcelar em 12 vezes, vai pagar uma vez só R$ 4 mil e depois terá o celular para ele”, explica o especialista. As empresas consultadas pela reportagem que oferecem essa opção exigem que o consumidor fique com o mesmo aparelho pelo menos 30 meses (Leapfone) ou três renovações (Allu) até ficarem com a posse definitiva do aparelho pelo valor simbólico de R$ 1. Mas, se o consumidor quiser ou precisar trocar de aparelho todo ano, a assinatura pode ser uma opção. “Se você faz um uso profissional do celular e precisa de um equipamento mais caro por causa da câmera, por exemplo, e precisa mantê-lo super atualizado, pode fazer sentido assinar. Afinal, nem todo mundo dispõe dos valores totais dos aparelhos top de linha todo ano para conseguir fazer o upgrade”, pondera Allan Inácio, da PUC-PR. Cintia Senna, doutoranda em educação financeira pela Florida Christian University (FCU), concorda que é importante pensar na finalidade do aparelho, mas a recomendação dela é colocar os custos na ponta do lápis independentemente da situação. “Qual o comprometimento mensal? Se você fosse comprar quanto pagaria mensalmente? Se conseguir revender o aparelho ao final de 12 meses, quanto conseguirá por isso? Tem desconto à vista? Tem juros? Tome cuidado para não olhar apenas a assinatura e a parcela, mas para o valor total do serviço. A comparação é crucial para decidir”, diz Senna. Letras miúdasO consumidor deve prestar atenção em algumas situações contidas nos contratos dos serviços. Confira:
A depender da empresa, o serviço de seguro está embutido, como na Leapfone, ou é cobrado em separado pela própria empresa, como nos serviços do Itaú e na Allu — neste segundo caso o consumidor precisa pagar 25% da assinatura se for roubado, por exemplo. A Triim não oferece seguro, mas indica parceiros e o consumidor pode contratar separadamente, se quiser.
As empresas têm condições para trocas antecipadas de aparelhos e multas para cancelamento da assinatura (geralmente uma porcentagem do valor da assinatura). A escolha do aparelho na hora da renovação é livre dentro das opções disponíveis, conforme as empresas consultadas pela reportagem. Quadro comparativoVeja, a seguir, quadro comparativo com todas as informações sobre o serviço de assinatura de celular ofertado por 3 empresas deste mercado.
*Pesquisa em sites de varejistas pelo mesmo modelo e capacidade de armazenamento para compra. Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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