![]() O governo federal apresentou uma proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês que visa compensar a perda de arrecadação estimada em R$ 27 bilhões ao ano com um imposto mínimo para os contribuintes de alta renda, afetando cerca de 140 mil pessoas. A nova tributação será aplicada a contribuintes que ganham acima de R$ 600 mil anuais (R$ 50 mil mensais). A alíquota será progressiva e chegará a 10% para rendas acima de R$ 1,2 milhão ao ano. A medida não afetará quem trabalha de carteira assinada, ou já recolhe mais de 10% de Imposto de Renda atualmente por outros meios. Hoje, os trabalhadores comuns pagam entre 9% e 11% de alíquota efetiva, enquanto muitos dos mais ricos pagam apenas 2,5%, devido à isenção sobre lucros e dividendos. Veja a seguir como funcionará o novo imposto mínimo proposto pelo governo. Regras para o cálculo do impostoA Receita Federal embasará o cálculo do imposto mínimo em três pilares:
Como ficará a tributação de dividendos?Hoje, dividendos são isentos de tributação para pessoas físicas. Com a nova regra, haverá retenção na fonte sobre dividendos acima de R$ 50 mil por mês pagos por uma mesma empresa. Se um investidor recebe R$ 25 mil de uma empresa e R$ 25 mil de outra, não haverá tributação na fonte. Mas se receber mais de R$ 50 mil de qualquer empresa, o imposto será retido na fonte. Resumão: veja como fica a tributação mínima para altas rendas
O imposto mínimo considera o que já foi pago. Se um contribuinte com R$ 1,2 milhão anuais pagou 8% de IR, terá que pagar apenas mais 2% para atingir os 10%. Se um contribuinte com R$ 2 milhões já pagou 12% de IR, não pagará nada a mais. Quando começa a valer?O projeto será enviado ao Congresso Nacional, onde pode sofrer alterações. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que Lula poderia “ter a tranquilidade” de que a proposta seria tratada com prioridade. “Eu conversei com o senhor, presidente. O Senado e a Câmara andarão juntos em todos os momentos daqui em diante”, disse Motta. A expectativa do governo é que a nova faixa de isenção entre em vigor apenas em 2026. Ou seja, as regras que regem a declaração de Imposto de Renda que começou na segunda-feira (17) seguem inalteradas. |
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