![]() A recente disparada do Ibovespa para uma nova máxima histórica, acima dos 140 mil pontos, acendeu o alerta entre os investidores. Mas para a Genoa Capital, essa virada de humor em relação ao Brasil não foi uma surpresa. Em entrevista ao programa Stock Pickers, os sócios e gestores José Luiz Torres e João Vitor Julião detalharam como a casa já vinha se reposicionando para capturar esse movimento.
Nova dinâmica globalEm meio à alta do Ibovespa puxada por estrangeiros, os sócios da Genoa apontam fundamentos claros por trás do fluxo de capital internacional: dólar fraco, revisão positiva sobre os emergentes e mudança de postura de grandes bancos globais em relação ao Brasil. “Nos últimos eventos em Nova York, vimos fundos dedicados a emergentes muito atentos ao Brasil. O dólar fraco é um vetor de fluxo. Isso sozinho já muda a equação”, avaliou Julião. Esse cenário tem levado a gestora a promover uma mudança gradual, porém decisiva, na composição da carteira. “Hoje estamos muito mais construtivos com o Brasil do que com os mercados lá fora”, disse Torres. Entre os principais catalisadores estão o ciclo de juros em declínio, ativos baratos e sinais de melhora no quadro fiscal — uma combinação que, segundo os gestores, torna o Brasil um destino atraente para alocação. Enquanto isso, os Estados Unidos vivem um momento de saturação. A representatividade do mercado americano nos índices globais já beira 70%, o que limita o espaço para ganhos adicionais. “Todo mundo está comprado lá fora. O fluxo começa a sair um pouco de lá e buscar alternativas”, disse Julião. Com projeções de crescimento econômico entre 0,5% e 1% para os EUA, a atenção de parte dos investidores começa a se voltar para geografias menos precificadas — e o Brasil volta a aparecer no radar. |
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