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Gerdau (GGBR4): 4T em linha, mas balanço mostra “ponto fraco” recente da siderúrgica

- 20/02/2025 72 Visualizações 72 Pessoas viram 0 Comentários
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A siderúrgica Gerdau (GGBR4) divulgou na noite de quarta-feira (19) um lucro líquido ajustado de R$ 666 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), uma queda de 9% ao valor reportado no mesmo período de 2023.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,391 bilhões, 3% acima do consenso e 7% acima da estimativa do Morgan Stanley de R$ 2,234 bilhões.

Segundo o Morgan Stanley, o desempenho do Ebitda foi impulsionado por maiores receitas líquidas, apesar de despesas gerais e administrativas ligeiramente maiores.

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A Gerdau também anunciou sua orientação de capex para 2025 de R$ 6 bilhões, o que ficou 4% abaixo do consenso de R$ 6,3 bilhões e 7% abaixo da previsão R$ 6,5 bilhões do Morgan. O Morgan ressalta que o valor orientado não inclui transações de fusões e aquisições (M&A), como a recente aquisição das PCHs Garganta da Jararaca e Paranatinga II.

O Morgan Stanley reiterou recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 27.

Com a rentabilidade mais fraca amplamente esperada na América do Norte como o principal ponto negativo dos resultados, a XP Investimentos comenta em relatório que as incertezas sobre o momento de um potencial ponto de inflexão nos preços/demanda (se for o caso) nos EUA permanecem como o principal ponto de interrogação dos investidores antes de 2025.

Além disso, embora os riscos de uma desaceleração macro no Brasil não devam ser negligenciados, a XP acredita que as iniciativas de redução de custos da Gerdau ao longo de 2024 poderiam mitigar parcialmente um ambiente de preços mais fraco no mercado interno. Por fim, reiterou a classificação de compra na Gerdau, com a companhia sendo negociada em um nível de valuation assimétrico (e descontado) abaixo de 4 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025.

Para o BBI, a Gerdau relatou tendências desafiadoras, como esperado para o 4T24, com desempenhos sequencialmente mais fracos em todas as geografias em que atua. O banco observa que suas margens nos Estados Unidos atingiram o menor nível desde o quarto trimestre de 2020 (4T20), impactadas pela combinação de volumes e preços mais baixos. Enquanto isso, a geração de caixa caiu para R$ 427 milhões.

O BBI reiterou sua postura cautelosa e a recomendação neutra para as ações da Gerdau.

A Genial Investimentos, por sua vez, destaca que a companhia manteve sua trajetória de recuperação operacional no Brasil, impulsionada tanto pelos embarques, que chegaram a 1,284 milhão de tonelada, com uma alta suave de +1,3% na base anual, apesar da desaceleração sequencial de -0,5% com o trimestre anterior, típica da sazonalidade, como também pelo incremento marginal no preço realizado.

Por outro lado, a unidade de negócios da América do Norte enfrentou um trimestre de pressão temporária na rentabilidade, como reflexo da queda no preço realizado, impactado por um cenário mais desafiador para o consumo de aço, em meio a (i) taxas de juros elevadas nos EUA, (ii) paradas programadas para manutenção, e (iii) concorrência acirrada com importados por participação de mercado.

Como resultado, as vendas somaram 914 mil toneladas, em linha com as estimativas da Genial, refletindo o cenário adverso. A Receita Líquida consolidada ficou em R$ 16,8 bilhões, 3,2% acima das expectativas da corretora, sustentada parcialmente pela valorização da taxa de câmbio, que ajudou a atenuar o impacto da queda de preço realizado na ON América do Norte em dólares, na conversão para o real.

A Genial manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 23,40.

De acordo com o Itaú BBA, os resultados foram marcados por uma deterioração sequencial nas margens em todos os níveis, seguindo a fraca sazonalidade do final do ano. A Gerdau projetou um capex de R$ 6,0 bilhões em 2025, em linha com a estimativa do banco.

“Olhando para o futuro, todos os olhos estão voltados para o equilíbrio entre a piora do desempenho do segmento de aço longo brasileiro (principalmente devido aos preços mais baixos) e a melhora do ambiente operacional nos EUA, com volumes sequencialmente maiores e custos mais baixos com paradas para manutenção”, comenta o BBA.




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