![]() Estreia hoje (30) na B3 o CASA11, novo ETF de REITs com chamada coberta (covered call) e pagamento mensal de dividendos. O fundo de índice lançado pela Buena Vista tem dividend yield (retorno com dividendos) alvo de 12% ao ano. “Recebemos muita demanda para trazer ativos de REITs, que têm um importante componente de diversificação”, diz Renato Nobile, CEO da Buena Vista. O ativo segue outro ETF, o IYR – iShares US Real Estate –, composto por 64 empresas e REITs (conhecidos como fundos imobiliários dos EUA). O portfólio abrange mais de 500 mil imóveis nos Estados Unidos. Setores tradicionais, como varejo e logística, têm grande participação no ETF, mas a carteira também inclui cerca de 550 data centers e imóveis não tradicionais, como centros esportivos e parques tradicionais. Leia também: FII “mais pop” da Bolsa se aproxima de 1,3 mi de cotistas – e dividendos acima do CDI A Buena Vista optou pela estratégia de chamadas cobertas, que usa opções para gerar renda. Funciona assim: a gestora vende opções de compra sobre as cotas do IYR que possui. Se o preço se mantiver estável, o fundo mantém as cotas e ainda lucra com a venda das opções que não foram exercidas. Por outro lado, a estratégia limita ganhos quando o ativo sobe mais do que o preço de exercício – nesse caso, ganha o comprador das opções, que tem o direito de comprar o ativo por R$ 10 quando ele é negociado a R$ 12, por exemplo. A gestora esclarece que uma parte do portfólio não é coberta. Essa parcela é usada para capturar movimento de alta mais fortes. A estratégia com opções é um “diferencial para ganhar eficiência”, segundo Nobile. Do lado dos custos, a gestora cobra uma taxa global de 0,68% e o lucro com a venda das cotas tem alíquota de 15% de Imposto de Renda, a mesma cobrada em cima dos dividendos recebidos. O lançamento do CASA11 vem na esteira da liberação de ETFs de FIIs para pagamento de dividendos pela B3, em março. Na época, o CEO da Buena Vista disse que “o mercado vinha pedindo essa atualização para o setor imobiliário”. Hoje, o executivo conta que o cronograma de lançamento do ativo sofreu mudanças por conta do número maior do que o previsto de investidores interessados em aderir à oferta coordenada pelo UBS BB. Leia também: Gestor alerta para ‘apagão’ de spread em fundos de crédito: ‘Risco para o investidor’ Segundo o gestor, o objetivo não é concorrer com ETFs já consolidados, mas lançar estratégias que possam compor o portfólio do investidor brasileiro. Ele cita como exemplo o COIN11, primeiro ETF de bitcoin com renda mensal do Brasil: ‘é o que mais cresce, mas vemos uma demanda enorme também pelo CASA11”. O novo ETF une dividendos “consistentes”, moeda forte e diversificação, destaca Nobile: “quem não está fora do Brasil está praticamente fora do mercado em termos de diversificação, já que o Brasil representa cerca de 0,5% do mercado global; os Reits são instrumentos que vêm para agregar no portfólio do brasileiro”. |
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