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Economia

Gestores veem movimento do câmbio e juros nos EUA como essenciais nos próximos meses

- 29/05/2025 2 Visualizações 2 Pessoas viram 0 Comentários
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Durante o painel “Brasil em foco: a aposta certa”, dentro da programação do XP Macro Insights, realizado no auditório da XP, em São Paulo (SP), nesta quarta (28), Eduardo Cotrim, portfólio manager na JPG, disse que um “maremoto” aconteceu na economia com o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Entendo que essas tarifas mais altas em todo o mundo são areia na engrenagem internacional, elas são inflacionárias, podem representar um choque de oferta e são recessivas”, avalia.

“Isso acontece num momento em que a gente tem desconfiança na dívida americana longa. A gente está discutindo ainda juros no Japão”, diz ele, afirmando tratar-se de algo inimaginável no passado recente nos países desenvolvidos. Para Cotrim, pode ser que um “tsunami” ainda ocorra na economia.

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Dólar fraco

Por outro lado, ele não vê muitas opções de investimento no mercado fora dos Estados Unidos. “Me surpreendeu muito o dólar fraco”, afirma. Ele acha importante continuar de olho no câmbio e nos juros americanos. “O que manda mais é o externo”, ressalta.

José Monforte, portfólio manager na Vinland, que participou do mesmo painel, compartilha da mesma ideia com relação ao mercado global. “Na nossa visão, o risco vem do dólar e dos juros dos países desenvolvidos”, pontua.

Sobre a situação no Brasil, ele aponta que preocupa muito o fiscal. Para Monforte, a busca pelo equilíbrio das contas públicas sempre surge em algum momento de forma mais aguda e isso, segundo ele, pode ocorrer em algum momento nos próximos 18 meses.

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Desconfiança

Fernando Genta, economista-chefe de portfólio na XP Asset, outro painelista do evento, diz que o lado fiscal no Brasil é muito mais do que uma questão de “confiança”. “O juro está muito alto no Brasil. Alguma coisa está acontecendo que ele não está sendo capaz de gerar o impacto que se esperava na inflação”, explica.

Ele afirma que é importante ficar atento até o final do ano do que pode ocorrer na economia doméstica. “As notícias de curto prazo são mais negativas”, avalia.

Genta vê chance de o governo aumentar o Bolsa Família, influenciando ainda mais o fiscal. “Será muito importante observar a agenda de 3 a 6 meses”, diz.




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