![]() O governo brasileiro iniciou articulações diplomáticas com autoridades dos Estados Unidos após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicar a possibilidade de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pela GloboNews na noite de segunda-feira (26). A movimentação ocorre nos bastidores e envolve membros do alto escalão da diplomacia brasileira. Segundo a emissora, o Itamaraty foi acionado para tratar diretamente com representantes do governo dos EUA, buscando preservar a relação bilateral e evitar uma escalada na tensão. Durante audiência no Congresso americano, em 21 de maio, Rubio afirmou que há “grande possibilidade” de Moraes ser alvo da Lei Global Magnitsky, legislação que autoriza o governo dos EUA a sancionar estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção. A declaração provocou reação imediata no Ministério das Relações Exteriores, que vê a ameaça como interferência nos assuntos internos do Brasil e como um desrespeito ao Judiciário nacional. Apesar do clima tenso, fontes diplomáticas ouvidas pela GloboNews afirmaram que a estratégia brasileira é manter uma abordagem pragmática. Mesmo com divergências políticas entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump — especialmente após o apoio declarado de Lula à chapa de Kamala Harris —, a prioridade é manter os laços comerciais e institucionais com os EUA, segundo maior parceiro comercial do Brasil. O movimento ocorre após Moraes determinar que o Itamaraty indique quais diplomatas brasileiros nos EUA poderiam prestar esclarecimentos no inquérito que apura se as ações do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no exterior configuram atentado contra a soberania nacional. O pedido constou no mesmo despacho assinado por Moraes na segunda que também determinou à Polícia Federal a abertura formal da investigação contra Eduardo, a partir de solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). |
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