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GPA (PCAR3) tem vendas sólidas, mas rentabilidade ainda pressionada; executivos esperam mais ganhos de margens

- 27/07/2023 16 Visualizações 16 Pessoas viram 0 Comentários
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O GPA (PCAR3) divulgou na noite desta quarta-feira (26) um resultado pouco animador para o seu segundo trimestre de 2023, mas que já era esperado pelo mercado. As ações, às 15h20 (horário de Brasília), caíam 1,20%, a R$ 21,40, mas em uma sessão de fortes perdas para o Ibovespa.

“O resultado líquido ficou abaixo das nossas expectativas, principalmente devido a um impacto negativo das operações descontinuadas, que, com base nos arquivos, acreditamos ainda estarem relacionadas ao segmento de hipermercados vendido anteriormente”, comentou o time do Goldman Sachs, liderados por Irma Sgarz, mencionando a venda dos pontos do Extra para o Assaí.

Já a XP destacou que o GPA reportou resultados mistos no 2T, com desempenho de vendas sólido e em linha com as suas expectativas, mas ainda com a rentabilidade pressionada por ajustes operacionais.

A companhia teve um prejuízo de R$ 425 milhões, alta de 146,8% no ano.

O GPA, lembram os analistas, vem em um projeto de reestruturação, apostando nos modelos de proximidade e focando na bandeira Pão de Açúcar, com aposta no segmento premium.

Como ponto positivo, o Goldman destaca o crescimento das vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) do multi-varejo, de 6,4% no ano, acima da média do mercado e à frente da inflação para o período.

“O Pão de Açúcar foi o formato de melhor desempenho (alta de 8,6%), melhorando sequencialmente pelo quinto trimestre consecutivo com base na reclusterização de lojas, mudanças de sortimento e maior penetração de perecíveis”, explica a equipe. “Proximidade, por outro lado, desacelerou sequencialmente pelo quarto trimestre consecutivo (com alta de 5,8%), dado a base de comparação difícil”.

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O Mercado Extra, de acordo com o banco americano. ficou amplamente estável sequencialmente, enquanto o formato de baixa renda Compre Bem continuou a ter um desempenho negativo, com SSS caindo 11,5%.

“A administração observou que iniciou o plano de consolidar a proposta de valor convertendo as lojas Compre Bem em Mercado Extra. O piloto de 8 lojas já convertidas (de 30) aparentemente mostrou avanços em rentabilidade e crescimento”, pontuam.

O JP Morgan afirmou que a receita veio em linha com suas expectativas e que a rentabilidade melhorou sequencialmente, com uma estrutura corporativa mais enxuta. A margem Ebitda, no entanto, contraiu ano a ano, refletindo a atividade promocional para reacender o crescimento do tráfego enquanto os formatos são reposicionados.

“As operações de varejo no Brasil ficaram um pouco mais fracas do que o esperado, com as vendas líquidas ficando em R$4,6 bilhões, alta de 14% no ano, impulsionadas por 6,4% de SSS ajustado impulsionado pelo formato premium que viu SSS acelerando a 8,6%. Isso junto com ganhos de participação de mercado  apoiados por melhor execução nas categorias frescas”, debatem. “O ponto fraco foi o Mercado Extra e Compre Bem, que apresentou SSS de 3,5% principalmente prejudicado pelas lojas Compre Bem que serão convertidas”.

O Goldman, quanto à margens, destaca, do lado negativo, que a bruta caiu cerca de 180 pontos-base anualmente, o que seria explicado principalmente pelos efeitos negativos relacionados à estratégia da empresa de reposicionar suas próprias marcas e formatos. As despesas com vendas vendas, gerais e administrativas, do outro lado, chegou a melhorar 60 pontos, principalmente como resultado da reestruturação realizada na sede (após a transação do hipermercado) e eficiências capturadas nas despesas operacionais, mas não foi suficiente para conter o impacto na Ebitda, que caiu cerca de 110 pontos.

Executivos falam em GPA ganhando margem

Em meio à reestruturação, a diretoria do GPA, durante a teleconferência realizada nesta quinta, falou que o grupo busca trazer ganhos sequenciais para as margens, com “perenidade”, sem picos ou vales de performance que não se sustentam no longo prazo.

Marcelo Pimentel, diretor executivo da empresa, falou que o grupo continuará atuando em três pontos principais: primeiro, na melhoria da negociação com fornecedores, com a conclusão do trabalho de sortimento encerrado trazendo resultados no curto prazo; segundo, com melhoria da performance de quebra, com lançamento de uma ferramenta de automação; por último, com reestruturação de pessoal.

A respeito da deflação, que vem impacto a parte do faturamento, ele defendeu que o GPA conseguiu ganhar market share – mesmo com a concorrência avançando consideravelmente em algumas das frentes, como na de proximidade.

“A concorrência do modelo de proximidade está crescendo, mas o impacto da proposta do valor deles não reflete no nosso negócio. Além dos sucessos do números, ganhamos market share”, disse Pimentel. “Além disso, no Minuto Pão de Açúcar, estamos combinando crescimento com rentabilidade. A gente está bastante feliz com os resultados da bandeira”




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