![]() Entregadores de aplicativo de todo o Brasil iniciaram, nesta segunda-feira (31), uma greve nacional por tempo determinado. A paralisação deve seguir até a próxima terça-feira (1º), com previsão de adesão de até 1,8 milhão de trabalhadores, entre mototaxistas e ciclistas, segundo estimativa da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea), que lidera a mobilização. A paralisação atinge pelo menos 59 cidades brasileiras, com atos de rua confirmados em 19 capitais, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Brasília. A categoria reivindica reajuste nas tarifas por entrega e condições mais seguras de trabalho. O movimento também denuncia práticas antissindicais, como o pagamento de bônus por parte das plataformas para desencorajar a adesão ao movimento. Entre as principais demandas estão:
Os entregadores alegam que os valores pagos hoje pelas plataformas não cobrem os custos operacionais, como combustível, manutenção dos veículos e alimentação. “O risco é todo nosso e o lucro, todo deles”, resumem os organizadores. Cidades com atos confirmadosAté o momento, manifestações públicas estão previstas nas seguintes capitais:
Mobilização nacional e nova greve em maioO SindimotoSP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo) apoia a mobilização e afirma que essa pode ser “a maior greve da história” da categoria. Só em São Paulo, segundo o sindicato, existem entre 700 mil e 800 mil entregadores, uma base significativa que pode causar impacto relevante em plataformas como iFood, Rappi, 99, Uber Eats (que ainda atua em algumas cidades) e outros aplicativos regionais. Os entregadores já planejam uma nova paralisação para o dia 2 de maio, apelidada de “feriadão”, visando manter a pressão sobre as empresas. A expectativa é que, até lá, o Ministério do Trabalho e o Congresso Nacional avancem na discussão sobre a regulamentação do trabalho por aplicativo. |
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