![]() Uma greve de 24 horas realizada na última quarta-feira (26) por petroleiros da Petrobras (PETR4), com adesão da área administrativa, expôs uma relação conturbada entre sindicatos e o alto escalão da estatal, marcada por críticas duras à postura da direção da companhia. A paralisação, em protesto contra a gestão da presidente Magda Chambriard, foi marcada por alegações de falta de diálogo com a diretoria da estatal, especialmente em pautas relacionadas ao pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ao novo modelo de trabalho presencial, do qual se queixam os funcionários de setores administrativos. Os sindicalistas da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também acusam nominalmente Chambriard de impor um ambiente autoritário e de “retomar a cultura do medo” nas relações com os funcionários. As federações afirmam que a Petrobras tem apresentado propostas diretamente aos trabalhadores, sem diálogo prévio com os representantes sindicais. Entre as principais reivindicações estão:
Petrobras alega manter “diálogo aberto”Em nota, a Petrobras informou que não houve impacto na produção e reiterou que mantém um “diálogo aberto” com os sindicatos. A empresa afirmou ainda que o aumento da exigência de trabalho presencial — de dois para três dias por semana a partir de 7 de abril — está alinhado ao seu Plano Estratégico. Sobre a PLR, a Petrobras declarou que o acordo negociado com os sindicatos para o biênio 2024/2025 será cumprido. A companhia justificou a redução no valor a ser distribuído com base na queda de 70,6% do lucro líquido em 2024, que totalizou R$ 36,6 bilhões. Os sindicalistas, no entanto, denunciam falta de transparência nos critérios de cálculo e afirmam que a empresa reduziu em 31% o valor da PLR para os trabalhadores enquanto aumentou em mais de 200% a distribuição de lucros aos acionistas. |
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