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Grupo de 20 países, com Brasil, cobra resposta global à ofensiva de Israel

- 26/05/2025 2 Visualizações 2 Pessoas viram 0 Comentários
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Um grupo de 20 países, incluindo o Brasil, França, Reino Unido, Alemanha, Egito e Arábia Saudita, se reuniu domingo (25) em Madri com o objetivo de intensificar a pressão internacional sobre Israel para encerrar a ofensiva militar em Gaza. A iniciativa, liderada pela Espanha, também colocou em pauta possíveis sanções contra o governo israelense e reforçou o apelo pelo reconhecimento do Estado da Palestina.

Representando o Brasil, o chanceler Mauro Vieira participou do encontro e defendeu ações concretas da comunidade internacional. “O reconhecimento do Estado da Palestina e sua admissão como membro pleno da ONU são passos indispensáveis para a implementação da solução de dois Estados”, declarou Vieira, segundo nota do Itamaraty. O ministro também cobrou uma resposta global à crise humanitária em Gaza.

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Ministro das Relações Exteriores da Islândia, Yorgeryur Katrin Gunnarsdottir; Vice-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Florian Hahn; Ministra das Relações Exteriores da Eslovênia, Tanja Fajon; Ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth; Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan al-Saud; Ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi; Ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani; Ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty; Primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa; Ministro de Estado e Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel; Subsecretária de Estado para Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália, Maria Tripodi; Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira; Secretário-Geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit; Vice-ministro das Relações Exteriores da Turquia, Nuh Yilmaz; Subsecretário de Estado Parlamentar do Reino Unido no Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento, Hamish Falconer; Ministro das Relações Exteriores da Espanha, Jose Manuel Albares; Secretário-Geral da Organização para a Cooperação Islâmica, Hussein Ibrahim Taha; Vice-ministro de Estado para Contratação Pública da Irlanda Emer Higgins, Ministro de Habitação Social de Malta Roderick Galdes, Diretor-Geral de Assuntos Políticos Internacionais de Marrocos Fouad Yazourh, Secretário de Estado de Relações Exteriores do Bahrein Khaled Yousef Al-Jalahma e Vice-Ministro da UE Luigi Di Maio, posam para uma foto de família, no Ministério de Relações Exteriores em Madri, Espanha, 25 de maio de 2025. REUTERS/Juan Medina

O encontro reuniu representantes de países europeus e do Oriente Médio, além de organismos como a Liga Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica. Também participaram Noruega, Islândia, Irlanda, Eslovênia, Turquia, Jordânia e Marrocos.

A articulação ocorre em meio à intensificação das operações militares de Israel na Faixa de Gaza, iniciadas em outubro de 2023 após um ataque do Hamas que matou 1.218 pessoas em território israelense. Desde então, mais de 53.939 palestinos morreram, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, número considerado confiável pela ONU.

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Desde março, Israel impõe um bloqueio total à região, gerando escassez de comida, água e medicamentos. ONGs relataram entrada recente de caminhões com ajuda humanitária, mas as restrições permanecem severas.

Antes do início da reunião, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, declarou que “devemos considerar sanções” e que a ajuda humanitária deve entrar “massivamente, sem condições e sem limites”. Para Albares, a guerra é uma “ferida aberta” que precisa ser interrompida.

O movimento coordenado de países marca uma resposta diplomática ampliada à escalada do conflito. No sábado (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia condenado os ataques de Israel após um bombardeio que matou nove filhos de uma médica palestina. “O que vemos em Gaza hoje é vingança”, afirmou o presidente em nota oficial.

(com AFP)




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