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Economia

Haddad minimiza impacto de eleição municipal: “O que importa é o governo chegar bem”

- 30/08/2024 25 Visualizações 21 Pessoas viram 0 Comentários
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As eleições municipais deste ano, que acontecem nos dias 6 e 27 de outubro, não devem ter grande impacto nacional, com vistas ao pleito de 2026, na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o que pensa o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para quem apenas a disputa na cidade de São Paulo (SP) pode exercer algum tipo de influência maior.

O ministro participou, no início da noite desta sexta-feira (30), do painel “Cenário econômico no Brasil: desafios da gestão fiscal e perspectivas de crescimento”, no primeiro dia da Expert XP 2024, em São Paulo (SP). Ao lado de Haddad, também participou do debate o CEO do Banco XP, José Berenguer.

Questionado sobre o que os resultados das eleições deste ano podem significar para 2026, Haddad mencionou o pleito de 2020, que, em sua opinião, teve como grande vencedor o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Dois anos mais tarde, em 2022, a oposição derrotou o governo na eleição nacional.

“Em 2020, setores mais progressistas ou liberais, descontentes com o governo anterior, queriam passar a ideia de que o Bolsonaro tinha perdido a eleição. E eu disse que ele tinha ganhado”, observou Haddad.

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“O ideal, filosoficamente falando, é um IVA sem exceção, que nos daria uma alíquota de 21% ou 22%. Nós nos aproximaríamos muito das melhores práticas internacionais”, disse o ministro da Fazenda

“Isso não fortaleceu o governo, pelo contrário. Chegou em 2022 e tiveram de abrir as luvas do governo para reverter um cenário desfavorável. Não existe esse vínculo entre eleição municipal e eleição nacional”, afirmou o ministro.

“A única eleição municipal que tem impacto nacional é São Paulo. Nem o Rio tem”, prosseguiu Haddad. “Não tem impacto na eleição nacional. Senão, o Lula não tinha ganhado a eleição de 2022. Porque quem ganhou a eleição de 2020 foi o governo. E, em 2022, aconteceu o que aconteceu.”
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o candidato apoiado por Lula e Haddad é o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição – mesmo assim, o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) vem avançando sobre o eleitorado bolsonarista na capital.

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Para Haddad, o fundamental para o governo Lula é chegar competitivo à eleição de 2026, na qual o atual presidente deve concorrer ao segundo mandato.

“O que importa é o governo chegar bem. Se o governo quer ser reeleito, tem que chegar bem, com uma entrega consistente para a população”, concluiu Haddad.

Eleições no Congresso

Ainda durante o painel de que participou na Expert XP, Fernando Haddad também foi indagado sobre as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para fevereiro de 2025.

Segundo o ministro da Fazenda, a postura mais adequada para o governo federal é manter a neutralidade.

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“Isso é uma atribuição das duas Casas. Não é muito produtivo o governo usar o seu poder para interferir nas regras internas. Você dá opinião quando ela é pedida. Você pode ter preferência, mas usar o poder para se imiscuir em assuntos internos das duas Casas não é muito bom”, opinou Haddad.

“Eu torço para que nós consigamos manter um clima de diálogo permanente [com o Congresso]”, continuou o ministro. “Nós tivemos dificuldades, como em qualquer democracia. E é bom ter essa dificuldade, que é própria da democracia, mas tem de ser em um clima de cordialidade, cooperação e harmonia.”




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