![]() O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a fazer uma defesa pela redução da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano. “Se você continuar pagando 10% [de juro real] é muito difícil do fiscal responder”, calcula. A declaração foi feita durante a 13ª edição da Expert XP – considerado o maior investimento do mundo. Na oportunidade, Haddad fazia uma defesa do arcabouço fiscal do governo. “O que faz a consistência do equilíbrio fiscal é o crescimento e é muito difícil você dividir o mesmo bolo de forma diferente”, ponderou. O ministro explicou que, com o modelo, o governo tem conseguido sinalizar para o Banco Central a sustentabilidade fiscal do País. “Se houver frustração em 2024, vamos de trazer a receita 1,7% para menos até o limite mínimo de 0,6%. Se surpreender, vamos poder ampliar, mas não para além de 2,5%”, explicou o ministro, detalhando as travas do arcabouço fiscal em relação aos gastos públicos e a possibilidade de um contingenciamento de recursos. “E aí eu sinalizo para o Banco Central que é hora de cortar mais 0,50, ou 0,75 ponto da Selic”, pontua. “E se isso acontecer, todo esforço fiscal vai parecer ‘brincadeira de criança’ quando o crescimento vier”, emendou Haddad. Na avaliação do ministro, o Brasil vive um milagre ao crescer na casa dos 3% com uma taxa real de juros de 10%. “Não tem livro (de economia) que explique o fenômeno que ocorre na economia brasileira”, afirmou. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano (2T23) frente ao trimestre anterior, acima do esperado, ainda que com desaceleração em relação ao avanço de 1,8% no 1T23, conforme o IBGE. Na comparação com igual período de 2022, o avanço foi de 3,4%. A estimativa do consenso Refinitiv era de um crescimento de 0,3% frente o 1T23 e de 2,7% na comparação anual (2T22). Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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