Um tribunal britânico condenou Ryland Headley, de 92 anos, à prisão perpétua pelo estupro e assassinato de Louisa Dunne, ocorrido em 1967, na cidade de Bristol, na Inglaterra. As informações são do jornal The Guardian.

O caso, que permaneceu sem solução por quase seis décadas, é considerado o mais antigo a ser desvendado pela polícia do Reino Unido.

O juiz responsável pelo caso afirmou que Headley passará o resto da vida na prisão, destacando a gravidade e a crueldade do crime.

Segundo o juiz, Headley demonstrou total desprezo pela vida e dignidade de Louisa Dunne, que era mãe de dois filhos e vivia sozinha após ficar viúva.

Após cometer o assassinato, Headley deixou o sudoeste da Inglaterra com a família e viveu em diferentes cidades, incluindo Londres e Ipswich.

A reabertura do caso ocorreu em 2023, quando a polícia de Avon e Somerset enviou para análise novas amostras de DNA coletadas das roupas da vítima.

Em 1977, ele foi condenado por estuprar duas idosas em Ipswich, mas cumpriu apenas dois anos de prisão após ter sua pena reduzida em recurso.

O perfil genético obtido levou à identificação de Headley, cujo DNA estava no banco de dados nacional devido a uma prisão anterior.

Mary Dainton, neta de Louisa Dunne, disse ao Guardian que a família já havia perdido as esperanças de ver o caso solucionado.

Ela destacou o estigma social enfrentado após o crime e o sofrimento causado pela longa espera por justiça.

“É doloroso saber que muitos que amavam Louisa não estão mais aqui para ver que, finalmente, justiça foi feita”, afirmou Dainton ao jornal.

As autoridades continuam investigando se Headley pode estar envolvido em outros crimes não solucionados.