A Hypera ([ativo=HYPE3) promoveu teleconferência na manhã desta sexta-feira (26) após a divulgação de seu balanço, na noite de ontem. Com dados mais fracos que o esperado por analistas e corte no guidance, as ações chegaram a cair mais de 8% ao longo da manhã. Às 11h54, os papéis da companhia estavam com queda de 8%, cotados a R$ 31,44. De acordo com Breno de Oliveira, CEO da fabricante de produtos farmacêuticos, o maior impacto para a companhia foi a desaceleração do mercado e o inverno mais quente que o esperado. Segundo o executivo, as temperaturas mais elevadas reduziram em 30% os casos de gripe e, por consequência, as vendas de medicamentos da categoria antigripais, antitérmicos, analgésicos e para sintomas respiratórios caiu 10%. Ainda assim, de acordo com o diretor com relações com investidores (DRI), Aldamario Couto, reduções de despesas com marketing e menor nível de amostras grátis auxiliaram o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) a ter avanço de 36% em relação ao ano anterior. E nem há mudança no pipeline de lançamentos, de acordo com o CEO. Redução de alavancagem e estoquesNesse momento, segundo o DRI, o foco da companhia é a redução da alavancagem e dos níveis de estoques. “Nossa expectativa é continuar reduzindo os níveis de estoques para otimizar nosso investimento em capital de giro”, diz Couto. Levante Ações de Alta Valorização Analista de Equities, com mais de 30 anos de experiência no mercado, revela a seleção de Small Caps para você buscar lucros expressivos O DRI destacou também que não há nenhuma intenção de aumento de alavancagem no patamar elevado que os juros se encontram. “Nosso objetivo é gradualmente reduzir o nível de alavancagem nos próximos anos para abaixo de 2 vezes”, explicou. Em sua visão, não está entre os objetivos da companhia o crescimento inorgânico, se significar aumento da alavancagem. Nesse sentido, o CEO destacou que, no ramo dos genéricos, não há intenção da Hypera de buscar “briga em produtos com margem muito baixa”. Assim, Oliveira reforçou que o compromisso atual é com a rentabilidade e com a geração de caixa da companhia e não “ganhar market share por market share em genéricos”. Os estoques estão em patamar mais elevado que o desejado, admitiu o DRI, contudo, a expectativa é que, em pouco tempo, a situação de normalize. “Ao longo de um período de 12 meses, a nossa ideia é que esse estoque seja normalizado e o sell-in ( relação comercial que ocorre entre o fabricante e os canais de distribuição) seja igual ao sell-out (venda para o consumidor final)”, reforça Couto. Sell-in está projetado em 8%, assim como sell-out, explica. Ele destaca que o processo é lento e está em andamento, com aceleração em 2024. “Continuamos na estratégia de redução de matéria prima e de produto acabado”, afirma o DRI. Objetivo é encerrar 2024 com patamar próximo ao visto pré-pandemia. Em relação às projeções para 2024, embora o DRI considere cedo para estabelecer parâmetros, ponderou que a base de comparação será mais fácil, considerando o inverno atipicamente quente de 2023. Para 2025, a projeção é de capex menor do que se tem no curto prazo, destaca Couto. Por fim, o crescimento esperado para o próximo trimestre estaria “em linha ou logo acima” ao do mercado farmacêutico, de acordo com o CEO da companhia. Ainda assim, as expectativas são mais baixas, considerando o cenário atual do mercado, segundo o executivo. Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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