O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (21), com atenção aos dados da dívida pública e o relatório de receitas e despesas primárias do terceiro bimestre, enquanto no exterior o foco já está nas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana.

O Ministério do Planejamento divulga o relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do segundo bimestre de 2023 (13h30), que será comentado em entrevista coletiva às 14h.

Mais cedo, às 10h, o Tesouro Nacional divulga os dados da dívida pública em junho.

Cabe ressaltar que o pregão desta sexta-feira deverá trazer uma maior volatilidade nos mercados, tanto pela continuidade na temporada de balanços corporativos, que hoje traz os números da American Express nos EUA, como pelo vencimento de US$ 2,4 trilhões opções em dia que também conta com um rebalanceamento especial do índice Nasdaq. Por aqui, o dia é de vencimento de opções sobre ações.

Além disso, voltando aos EUA, cresce a expectativa com a decisão de taxa de juros do Federal Reserve (26).

Às 9h11 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com baixa de 0,23%, a 119.050 pontos.

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Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam com mistos, à medida que investidores já se posicionam para decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), além do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação PCE nos EUA na semana que vem.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,03%, S&P Futuro avançava 0,20% e Nasdaq Futuro operava com alta de 0,41%.

Dólar

O dólar comercial opera com alta de 0,05%, cotado a R$ 4,805 na compra e na venda. Já o dólar futuro para agosto subia 0,06%, equivalente a R$ 4,811.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa, com exceção da ponta mais curta. O DIF24 (janeiro para 2024) opera estável, a 12,74%; DIF25, -0,03 pp, a 10,77%; DIF26, -0,02 pp, a 10,22%; DIF27, -0,02 pp, a 10,26%; DIF28, -0,03 pp, a 10,47%; DIF29 -0,03 pp, a 10,63%.

Exterior

Os mercados europeus operam sem direção definida, com investidores repercutindo resultados corporativos e antecipando eleições na Espanha.

Na véspera, o Partido Conservador do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, sofreu um duro golpe em uma série de eleições parciais durante a noite, perdendo duas cadeiras no parlamento para o principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, e o centrista Liberal Democrata. Os resultados foram ameaçadores para o partido governista de Sunak, que se prepara para uma eleição geral em 2024.

Já os eleitores espanhóis vão às urnas no domingo em uma eleição geral que pode encerrar o mandato de quatro anos do primeiro-ministro esquerdista Pedro Sanchez e marcar uma mudança para a direita na sexta maior economia da Europa.

Na frente de dados, as vendas no varejo do Reino Unido aumentaram 0,7% mês a mês em junho, bem acima dos 0,2% previstos pelos economistas consultados pela Reuters.

A temporada de resultados da Europa começa para valer na próxima semana, quando os principais bancos, empresas farmacêuticas, montadoras, gigantes da energia e fabricantes de aeronaves da Europa devem divulgar seus números.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com investidores digerindo uma leve alta da inflação no Japão no mês de junho antes da reunião do Banco Central japonês (BOJ, na sigla em inglês) na próxima semana.

A taxa básica de inflação do Japão – que exclui os custos de alimentos frescos – ficou em 3,3%, em linha com as expectativas do consenso Refinitiv. Isso é ligeiramente superior ao valor de 3,2% de maio e também acima da meta de 2% do Banco do Japão.

O Nikkei 225, do Japão, caiu 0,57%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, se recuperou e subiu 0,37%.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,71%. O índice de preços ao consumidor de Hong Kong avançou 1,9% ano a ano em junho, o segundo mês consecutivo em que a taxa de inflação na cidade desacelerou.

Já o Shanghai Composite, da China, fechou leve baixa de 0,06%.

Os preços do petróleo operam com alta, à medida que os mercados avaliam estoques de petróleo bruto mais baixos nos EUA e aumentos nas taxas de juros contra dados econômicos fracos da China que podem limitar a demanda.

As cotações do minério de ferro da China tiveram leve recuo nesta sexta-feira.